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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Capítulo 337 ♥

- Então quer dizer que pra gente registrar a Virgínia no nome de nós duas, teremos que contratar um advogado? – Perguntou Jenifer já em casa junto de Eleonora, dobrando algumas roupas lavadas da filha.
- E pelo jeito isso vai demorar mais do que a gente quer, já que nem a união estável ainda nos foi concedido. Mas é pro bem dela – Respondeu Eleonora com a voz esmagada e entristecida, apontando para Virgínia que estava no carrinho – Eles não podem tirar o direito dela. Nem o nosso.
- Amor, você não viu que estão quase aprovando o reconhecimento de união homoafetiva aqui no Brasil? Só se fala disso há uma semana.
- Aqui no Brasil as coisas demoram, por isso eu não me iludo – Respondeu Eleonora indo até o carrinho para pegar Virgínia.
Jenifer deu de ombros e colocou as roupas dobradas em cima da cadeira.
- Vou aproveitar que ela está quietinha e vou tomar banho, prometo ser rápida – Disse Jenifer beijando a filha e Eleonora.
- Podem dizer o contrário, mas eu sinto que você é minha filha. Ninguém vai mudar isso, ninguém – Disse Eleonora apertando Virgínia em seus braços.


E depois de uma semana cansativa, Eleonora e Jenifer estavam a um passo de conseguir o que tanto queriam: Registrar Virgínia no nome de ambas, deixando em lei o que já estava claro, que as duas eram mães da pequena e nada mudaria isso.
Jenifer e Eleonora estavam em uma sala toda moldada por madeira, em estilo antigo e com cadeiras almofadas por um veludo em tom de verde-água. Uma mesa retangular estava no centro. Samir – o advogado contratado por Jenifer – e Eleonora estavam sentados em volta da mesa, com alguns papeis nas mãos. Jenifer estava em pé embalando Virgínia que estava quase dormindo. Talvez quando acordasse já estaria registrada, e se tivesse sorte seria no nome de suas duas mães.
- A juíza está demorando mais do que esperávamos – Disse Samir para Eleonora, que apenas balançou a cabeça concordando. Estava nervosa demais para falar qualquer coisa.
Minutos depois do que Samir disse a mesma ruiva que dias atrás estava no cartório conversando com Eleonora e Jenifer estava entrando na sala. Com sua roupa preta, seus cabelos cor de fogo presos num coque com uma rede preta. Estela era a juíza que diria sim ou não ao pedido do advogado.
Eleonora e Jenifer trocaram olhares nervosos.
A seção começou, o advogado apresentou todos os motivos para que Virgínia fosse registrada no nome do casal.
Para temor de Eleonora e Jenifer, Estela ficou quieta a maioria do tempo, suas mãos cruzadas sobre a mesa, seus ouvidos apurados. Fazia uma pergunta pertinente ou outra, mas na maioria do tempo ficou calada.
- E por esses motivos e outros tantos que poderia apresentar aqui, acho que a pequena Virgínia tem o direito de ter o sobrenome de suas mães – Terminou Samir juntando os papeis.
Estela deu um meio sorriso, fazendo seu olhar encontrar o de Eleonora, queria demonstrar tranquilidade, mas Eleonora sentiu tensão.
- Eu não preciso de mais motivos para dar a decisão final Samir – Começou a dizer Estela saindo de seu lugar e caminhando lentamente pela sala – O motivo principal eu já vi nos olhos da Eleonora: Amor. Ela ama essa criança como se tivesse saído dela e só isso já me basta pra conceder o seu pedido.
Jenifer aproximou-se de Eleonora com Virgínia nos braços, querendo poder abraçá-la e comemorar a decisão que nem tinha sido dita ainda.
- E o outro motivo para que eu conceda esse direito a Virgínia é que agora – Estela olhou no relógio de parede – Às 17h30 foi aprovada pelo Supremo Tribunal Federal o reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Seria um retrocesso negar esse pedido diante desse acontecimento.
Por um momento Jenifer achou que deixaria Virgínia escorregar de seus braços. Eleonora estava anestesiada, ficou sentada na cadeira tentando organizar o que tinha ouvido.
- Quer dizer que agora... Teremos nossos direitos garantidos como qualquer casal? – Perguntou Jenifer afoita.
- Sim! – Respondeu Estela deixando seu sorriso a mostra.
Agora dentro de Eleonora e Jenifer pareciam ter fogos de artifícios, prontos para estourarem no céu.

2 comentários:

Gehh Santos disse...

Ei Érica, eu não tenho poder nenhum não, rsrsrs
Mas que bom que vocês estão pensando em ter um filho :)
Tomara que tudo dê certo pra vocês!!!

Anônimo disse...

Minha querida Gehh poder vc tem de sobra ,afinal toda mulher tem seu poder basta saber usa-los ,só em prender a tensão de varios leitores já é um dos seus grandes poderes parabéns a historia tá demais bjs pra vc poderosa.