Capítulo 322 ♥

E três meses pareceram voar desde a descoberta até aquele momento. A barriga de Jenifer já dera sinal de crescimento, parecia um pouco maior do que a barriga de uma grávida de nove semanas; O que a fez desconfiar de que havia outra vida além daquela sendo gerada,mas para o seu alivio era só o seu filho ou filha que estava crescendo gradativamente, com toda saúde que lhe era permitida.
Agora Jenifer se dedicaria somente ao trabalho já que as aulas terminariam logo após a apresentação de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) que estava lhe tirando o sono a semanas.
- Por que você não vai a festa de formatura, Jenifer? – Perguntou Ícaro quase em tom de repreensão e ameaça.
- Por que agora não posso ficar gastando com essas coisas, culpe ele ou ela – Respondeu Jenifer apontando as mãos para sua pequena barriga – E não eu.
- A gente pode dar um dos nossos convites para ela e outro para Léo, simples – Disse Max largado na cadeira, mordendo um canudinho – Vocês complicam demais...
- Pronto, resolvido... – Jenifer parou de falar abruptamente e levou a mãos a boca, saiu correndo para o banheiro. Voltou minutos depois ainda com os lábios franzidos numa linha rígida.
- Por essas e outras não quero ter filhos, o pior de tudo nem são os enjôos, é o corpo, eles acabam com o corpo... – Comentou Penélope de forma tranquila.
- Cala a boca! – Disseram todos em coro.
Jenifer não se importou.
- Ele já chuta? – Perguntou Max colocando a mão na barriga de Jenifer.
Todos riram.
- Claro que não. Ele ainda nem tem os membros formados, garoto – Respondeu Jenifer rindo – Agora que ele se tornou um feto... Acho que vou pra casa, esses últimos dia de aula são muito monótonos. Nos vemos semana que vem pra apresentar o TCC.
Ao chegar em casa, Jenifer deparou-se com Eleonora na cozinha, preparando algo que cheirava muito bem. O cheiro adocicado tomava toda a casa. Jenifer salivou de desejo.
- Estou fazendo aquela torta de chocolate que você gosta – Anunciou Eleonora indo de encontro a Jenifer com os dedos sujos de chocolate, lambuzando sua bochecha.
- Você adivinhou, estou morrendo de vontade comer chocolate – Jenifer avançou na panela suja de calda e nem se preocupou em pegar uma colher, meteu os dedos na panela parecendo uma criança.
- Ei, amor, vai com calma. Você não pode comer tão rápido e nem tanto – Freou Eleonora tirando a panela da mão de Jenifer que resistiu e a segurou com força.
Jenifer amarrou a cara por alguns segundos, depois entregou a panela para Eleonora.
- Isso ia ficar mais perfeito ainda com suspiro... – Disse Jenifer de forma despreocupada, jogando a ideia para que Eleonora pegasse.
- Vou ver se no mercadinho lá da esquina tem. Quer mais alguma coisa?
- Sabe aquele iogurte que tem uns pedacinhos de morango? Se tiver trás dele também.
- Mais alguma coisa?
- Aquela bomba de chocolate da padaria, amor. – A voz de Jenifer era quase eufórica – Nossa, traz aquela bomba pra mim, por favor...
Eleonora balançou a cabeça rindo e desacreditando das vontades de Jenifer.
- Não vou perguntar se você quer mais alguma coisa senão é mais fácil eu trazer um supermercado inteiro – Brincou Eleonora puxando Jenifer pela cintura e beijando-lhe o rosto.
Quase uma hora depois Eleonora voltara com algumas sacolas nas mãos. Jenifer abriu a porta e logo atacou as sacolas a procura de suas guloseimas. Ao ver a bomba de chocolate, rompeu a embalagem com ferocidade, mordeu um pedaço e quando sentiu o chocolate tocando suas papilas gustativas, foi como atingir o ápice de um orgasmo.
- Meu Deus, isso é muito bom... – Comentou Jenifer ainda com a boca cheia.
- Muito bom sim, mas não pra comer tão rápido e nem todo dia – Bronqueou Eleonora – Jeni, você tá abusando de doces...
Jenifer olhou para Eleonora com um olhar de criança que não tá nem ai pra bronca da mãe.
- Mas eu vou contar pra sua avó quando a gente for lá. Ah se vou.
- Você nem sabe quando a gente vai pra lá – Retrucou Jenifer dando de ombros.
- Daqui duas semanas. Vamos passar as festas de finais de ano lá – Anunciou Eleonora manejando a um refratário redondo, espalhando a calda – ou o que sobrou dela.
- Achei que fossemos chamá-los pra vim pra cá...
- Não tem como amor, nosso apartamento é grande pra nós duas... Agora para nossas famílias, fica pequeno.
- Tudo bem, sem problemas... – Concordou Jenifer limpando a boca e depois amassando a embalagem da bomba – Amor, me passa o iogurte? – Pediu esticando a mão livre, a outra já segurava a colher.
Eleonora terminou de colocar a torta no refratário e colocou na geladeira.
Pegou o iogurte que ainda estava gelado dentro da sacola, abriu a embalagem e disse:
- Não é melhor a gente comer ele assim? – Eleonora despejou um pouco do liquido cremoso no pescoço de Jenifer, passando sua língua úmida e quente em seguida.
O corpo todo de Jenifer se arrepiou.
- Ótima ideia – Concordou Jenifer jogando a colher longe, pousando suas mãos na cintura de Eleonora e abrindo o zíper de seu jeans.