Capítulo 325 ♥

Mais um ano começava. As festas de finais de anos não poderiam ser mais animadas. Muita comida como sempre, animação e casa cheia. A união das famílias de Jenifer e Eleonora pareciam cada vez mais forte e sincera.
Mesmo que não quisessem voltar, mesmo com todos os protestos, Eleonora e Jenifer voaram na primeira semana do ano novo de volta para a capital paulista.
Além de um novo ano, mais uma semana começava para a vida que estava crescendo dentro de Jenifer. O bebê crescia como tinha de ser, forte e saudável. Agora a gravidez já não a incomodava tanto quanto no começo com enjôos e tonteiras.
Alguns dias depois de voltar de viagem, Eleonora e Jenifer decidiram começar a planejar como seria o quarto do bebê. Mesmo que ainda não soubessem o sexo, era só um plano pra saber quanto te espaço precisariam. O quarto vago ao lado era um quarto grande e onde ficavam algumas bagunças e coisas inúteis que nenhuma das duas conseguia se livrar.
- Amor, e se o berço ficar aqui? – Perguntou Jenifer apontando para a parede a sua frente que ficava paralela a janela. – E a gente pode colocar uma daquelas poltronas aqui perto da janela e a cômoda fica ali.
Eleonora analisou, seguiu a linha de raciocínio de Jenifer e disse:
- Acho melhor colocar o berço no lugar da cômoda, amor. Por que fica mais perto da porta e quando o bebê chorar a gente vai ouvir mais fácil e também muito perto da janela entra um vento frio pelas frestas, não vai ser bom.
- Você tem razão, melhor colocar o berço ai e a cômoda no lugar da poltrona.
Eleonora olhou no relógio de pulso um pouco alarmada.
- Amor, estamos quase atrasadas pra ir ao médico. Hoje é o dia de saber o sexo do nosso filho – Eleonora abraçou Jenifer por trás, entrelaçando suas mãos por cima da barriga de Jenifer – E depois que soubermos o sexo já podemos pensar em nomes.
Jenifer virou de frente pra Eleonora e sorriu junto dela, passando seus braços em volta do pescoço.
- Se eu disser que já tenho um nome se for menina você vai ficar muito brava? – Perguntou Jenifer colocando uma mecha de cabelo de Eleonora atrás de sua orelha.
- Já tem? Por que não me disse? – Eleonora parecia um pouco chateada por Jenifer não ter comentado – E qual nome seria?
- Se for menina eu quero que chame Virgínia.
- Virgínia... – Eleonora refletiu por um segundo - Por quê?
- É o nome da minha mãe, amor – Respondeu Jenifer segurando a vontade de chorar – Queria muito que ela estivesse aqui vendo tudo que tem acontecido comigo.
Eleonora abraçou Jenifer e quis por um momento poder trazer a sogra pra perto delas. Queria poder buscá-la onde quer que estivesse e dizer o quanto amava a filha dela e o quanto cuidaria de Jenifer pra ela. Mas Eleonora não poderia ir até a sogra, não poderia trazê-la até ali.
- Sua mãe ficaria muito feliz de ver que a filha dela se transformou numa mulher linda, forte e doce. Ela deve estar aqui agora compartilhando desse momento, pode apostar – Disse Eleonora acarinhando o rosto e a barriga de Jenifer.
Jenifer concordou acenando a cabeça lentamente e respirando fundo. A imagem do sorriso de sua mãe desenhando em sua mente.


Já no hospital Jenifer estava deitada na maca, o gel gelado e pegajoso sendo espalhado em sua barriga. A imagem do seu filho na tela.
- Aqui são os braços e as pernas estão vendo? – Perguntou o médico apontando com o indicador.
“Agora sim parece um bebê” Pensou Jenifer lembrando-se de quando seu filho parecia mais com um girino do que com um ser humano.
- Agora vamos ouvir o coraçãozinho dele – Anunciou o médico girando um pequeno botão para aumentar o volume
“Tum Tum” “Tum Tum” “Tum Tum” O coração do bebê batia forte, Jenifer não conseguiu segurar as lágrimas e deixou que elas escorressem por seu rosto.
- Agora se ele se virar um pouco a gente vai poder descobrir o sexo. Ou vocês não querem saber?
- Queremos sim, doutor. Por favor filho, ajuda a gente – Brincou Eleonora falando próximo a barriga de Jenifer e dando um beijo em seguida.
- Só mais um pouco... Isso bebê, vira mais um pouquinho – Pedia o médico movimentando o aparelho para captar a imagem – Pronto... Eleonora, Jenifer, essa é a filha de vocês. É uma menina.