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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Capítulo 324 ♥

Depois do questionamento de Maria do Carmo, a mesa ficou em um silêncio pesado e incômodo. Janice olhava para Sebastião fixamente, assim como Eleonora e Maria do Carmo. Os outros olhares se revezavam entre Sebastião, e Eleonora.
Sebastião tirou o guardanapo que repousava em seu colo e o colocou sobre a mesa, um gesto nervoso e desajeitado. Pigarreou um pouco e afrouxou a gola da camisa.
- Acho melhor a gente conversar na sala íntima – Disse Sebastião afastando a cadeira para se levantar.
Janice, Eleonora, Jenifer, Giovanni e Flaviana fizeram o mesmo. O restante da família ficou na mesa se olhando e esperando que Sebastião não fizesse nada que pudesse abalar a felicidade que ali estava.
Assim que todos entraram na sala íntima, Maria do Carmo fechou a porta de correr e ficou de pé ali mesmo, esperando que Sebastião dissesse alguma coisa. Mas ele não disse, então Eleonora se viu obrigada a começar o assunto.
- Pai, achei que você já tivesse aceitado meu relacionamento com a Jenifer – Disse ela com um pequeno nó na garganta, sentindo um arrepio ruim por lembrar de tudo que acontecera quando ela decidiu assumir sua homossexualidade e seu amor por Jenifer. Não queria que tudo voltasse agora que estava em um momento tão especial de sua vida.
- Eu aceito, minha filha, acredite. Mas não entendo como duas mulheres podem criar uma criança – Disse Sebastião com as mãos nos bolsos.
- Mas qual o problema? Elas são independentes, muito bem estruturadas financeira e emocionalmente e acredito que podem sim criar uma criança – Se intrometeu Flaviana.
- O problema é que a criança vai ter DUAS mães e nenhum pai, quando ela for pra escola, o que é que ela vai ouvir dos amiguinhos? Não vai ter nenhuma figura masculina pra se espelhar.
- Figura masculina é o que não falta nessa família – Respondeu Eleonora – Tem você, o Vê, meu sogro... Pai, a gente vai criar essa criança com muito amor e muito zelo e prepará-la para todas as situações que podem surgir.
- É Leão do Norte, nossas filhas são adultas o suficiente pra saber dar um cala na boca em qualquer engraçadinho que mexer com meu neto – Disse Giovanni.
- É meu irmão, se acalme e pense em tudo que aconteceu com essas duas, elas são fortes pra sustentar essa situação toda e qualquer outra que venha por ai – Disse Maria do Carmo com a mão no ombro do irmão.
Sebastião balançou a cabeça vendo que seus argumentos se tornaram inválidos e sem sentido. “Se não pode vencê-los junte-se a eles” pensou.
- Tudo bem. – Disse ele por fim.
Jenifer olhou Eleonora aliviada.
- A gente pode voltar pra mesa agora? Aquele pudim está me chamando... – Perguntou Jenifer sentindo a boca salivar de desejo.
- Mas tô começando a desconfiar que essa minha filha vai me dar mais de um neto, desde que ela chegou só come – Brincou Giovanni arrancando risadas.
- Ele ou ela precisa crescer – Justificou Jenifer acariciando sua barriga – Por isso tenho que comer...
- Eu posso? – Perguntou Janice esticando a mão para acariciar a barriga de Jenifer.
- Claro, dona Janice! – Consentiu Jenifer.
Janice colocou sua mão na barriga e sentiu como se um fogo passasse por seu corpo. De repente sentiu uma vontade imensa de chorar e seu coração começou a bater mais rápido. O amor por aquele pequeno ser começava a surgir.


- Você acha mesmo que seu pai vai aceitar nosso filho? – Perguntou Jenifer deitada na antiga cama de Eleonora junto dela.
- Sinceramente, Jeni? Não sei... Ele não me passou muita confiança.
- Talvez ele nem considere neto dele por o filho não ser biologicamente seu... Ai amor, agora eu fiquei com medo – Jenifer se aconchegou nos braços de Eleonora como se quisesse se proteger.
- Não fica preocupada, amor. Minha mãe vai conversar com ele, minha tia, seu pai... Ele vai ter que se acostumar com a ideia de que a gente vai ter um filho e vamos ser uma família. – Disse Eleonora apertando Jenifer em seus braços – E se ele não aceitar a gente não vai poder fazer nada. Mas não esquenta, a gente já superou coisa pior.
- Sua mãe parece que ficou bem feliz com a notícia, quando ela colocou a mão na minha barriga eu senti uma emoção tão grande, como se... Como se a minha mãe tivesse ali, sabe? – Os olhos de Jenifer brilharam um pouco mais ao se lembrar da mãe.
- Ela está radiante com a notícia que vai ser avó. Seu pai então está todo bobo, dizendo que vai comprar uma camisa do fluminense pro bebê, mas eu já disse pra ele que nosso filho vai ser flamenguista – Disse Eleonora rindo.
Jenifer riu junto.
- Amor, ainda tem um pouco daquele pudim na geladeira? – Perguntou Jenifer umedecendo os lábios com a língua.
- Tem e você não vai comer. Você já comeu muito lá na tia Do Carmo, chega – Repreendeu Eleonora com o cenho franzido, mas com um sorriso contido.
- Ah não amor, só mais um pedacinho, bem pequeno, por favor... Olha eu tô grávida, hein? Não posso passar vontade – Chantageou Jenifer.
- E se você trocar um pedaço de pudim por isso? – Barganhou Eleonora beijando Jenifer ardentemente.
- Isso até que é bem melhor do que o pudim, sabia?

6 comentários:

Gehh Santos disse...

Me derreto toda quando leio essas coisas, viu Karu e anônima? Se pudesse apertava vocês até ficarem sem ar, suas lindas =)))

Anônimo disse...

Gostei Gehh!
MENGOOOO\O/


Tah mara como sempre amiga!
*-*
bjus

Bebel

karu disse...

É o mínimo que a gente pode fazer por vc ,depois do IMEEEEENNSO PRAZER que nos proporciona né?

Pri disse...

Eu q me derreto com a sua história, com esse seu jeito encantador e viante de manter todo mundo assim, querendo mais e mais. Então continue, vou estar sempre aqui te acompanhando e orgulhosa de vc. Menina de ouro !!!

Gehh Santos disse...

Que bom ver vocês de volta meninas :)) Vida de gente grande não é fácil, rs.

Melhoras pra sua tendinite Lu ://
Por curiosidade, quantos anos você tem? ^^'

Beeijo pra vocês e obrigada pela companhia :)

Lu disse...

Obrigada !!! Tenho 26. Tb vou te acompanhar. Como poderia ser diferente ? Mas não quero q a história acabe. :(

Ahhhh ...estou com saudades das cenas de namoro delas. Fico toda derretida aqui. kkkk

bjks