Leia o Texto Completo: Bloquear Seleção de texto no Blogger | Inforlogia http://www.inforlogia.com/2008/11/bloquear-selecao-de-texto.html#ixzz1AYuS8pMz (http://www.inforlogia.com) Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives Eleonora & Jenifer: agosto 2009

sábado, 29 de agosto de 2009

Capítulo VIII

Eleonora está na sorveteria provando novos sabores de sorvetes que acabaram de chegar, quando vê Jenifer se aproximando.
Jenifer abre um sorriso e diz:
- Oii
Eleonora também sorri e pega em suas mãos, quando se tocam levam um choque e caem na gargalhada.
- Nossa, que loucura, levei um choque quando você me tocou, diz Jenifer.
- Eu também, o que é isso? Questiona Eleonora
- Olha, eu já falei pro patrão que esse tapete da choque, mas ele não acredita, diz a moça que esta detrás do balcão.
- É, eu sei, é por causa da eletricidade estática, diz Eleonora. Pode até ser que não exista química entre a gente, mas eletricidade, com certeza.
As duas riem.
- Vamos lá pra fora ou vamos ficar aqui mesmo? Pergunta Jenifer.
- Vamos lá pra fora, responde Eleonora. Mas antes vamos pedir o sorvete né?
- Sim, diz Jenifer olhando para a lista de sabores. Hum... Bom, eu vou querer uma taça com floresta negra, sensação, chocolate branco e cobertura de morango.
Eleonora olha admirada e diz:
- Não brinca, esse são meus sabores preferidos incluindo a cobertura.
Jenifer olha sorridente pra Eleonora e diz:
- A é? Pode dar outra taça com os mesmo sabores então, diz ela para a moça.
Elas então pegam seus sorvetes e vão até o lado de fora.
Conversam sobre vários assuntos, Jenifer então chama a atenção de Eleonora:
- Nossa, eu nunca vi alguém gostar tanto de sorvete assim, você já esta no terceiro sorvete Eleonora.
Eleonora sorri e diz:
- Eu não gosto só de sorvete não, eu gosto de tudo. Sou uma comilona confessa, quando saiu do hospital então, chego em casa morrendo de fome, ai arraso com a geladeira.
- Você não parece que come tanto, magrinha, tem um corpo lindo.
Eleonora da um sorriso tímido e fica com as bochechas rosadas.
- Que foi? Ficou com vergonha é? Mas é verdade, você é linda Eleonora. Nem parece irmã da Regina, diz Jenifer. Não que ela seja feia, é que ela tem um jeito de mulherão, é alta, morena... Você já é mais baixinha, magrinha, jeitinho de menina...
- Fiquei com vergonha sim, diz Eleonora ainda sorrindo timidamente. Obrigada pelos elogios, você também é linda.
- Obrigada, agradece Jenifer. Mas então, você gosta de comida japonesa?
- Se eu gosto? Eu amo. Por quê?
- Curiosidade, eu também amo, responde Jenifer.
- A gente poderia combinar de ir jantar qualquer dia num restaurante japonês o que você acha?
- Eu topo claro. Lá em casa todo mundo é louco por massa, meu pai então não nega a origem. Se deixar come no café da manhã, almoço e jantar.
As duas riem e Eleonora diz:
- Então combinado, fim de semana a gente vai ao cinema e janta no restaurante fechado?
- Claro que sim, combinadíssimo. Que tipo de filme você gosta? Pergunta Jenifer.
- Ah, qualquer um, menos de terror, eu não consigo levar a sério, sempre caiu na gargalhada, responde Eleonora.
- É de nervoso, eu também não gosto de filme de terror, mas é por que depois eu não consigo dormir a noite. Eu gosto mesmo é de um bom romance, dois filmes que eu serei eternamente apaixonada: “Diário de uma Paixão” e “Cidade dos Anjos”, sempre que eu assisto choro. Falando neles qualquer dia preciso alugá-los novamente, faz um tempinho que não assisto.
- Sério? Eu também adoro esses filmes, são lindos. Já que você disse que faz tempo que não os assisti, a gente aluga e assisti juntas, na minha casa ou na sua, o que você acha?
- Adorei a idéia Eleonora, mais um encontro marcado, responde Jenifer sorrindo.
Eleonora então percebe que a bochecha de Jenifer esta suja de sorvete e diz:
- Ei, seu rosto, diz apontando.
- O que tem?
- Esta sujo de sorvete.
Jenifer passa o dedo, mas não acerta o lugar.
Eleonora então pega um guardanapo, pergunta se pode, Jenifer confirma com a cabeça e Eleonora passa o guardanapo no rosto dela. Eleonora termina e se afasta aos poucos até se sentar, seu olhar cruza com o de Jenifer e permanece fixo por alguns instantes.
As duas ficam em silêncio por alguns minutos, se olham, sorriem e Jenifer então começar um novo assunto.
- Que tipo de música você gosta?
- Não suporto pagode, sertanejo e rap; De resto eu ouço tudo. Mas meus grandes amores são MPB, Bossa Nova, Rock... E você, gosta do que?
- Por incrível que pareça as mesmas coisas que você. Sou apaixonada por Ana Carolina e Elis Regina.
Eleonora sorri e diz:- Elas também são minhas cantoras preferidas.
- Nossa Eleonora, a gente combina em várias coisas hein? Será que encontrei minha alma gêmea? Jenifer ri.
Eleonora também ri e responde:
- É talvez você tenha encontrado.
Jenifer olha para o relógio no pulso e vê que já está passando da hora de ir embora e diz:
- Bom, nosso papo esta ótimo, mas eu tenho que ir embora Eleonora amanhã eu acordo bem cedo.
- Tudo bem, eu vou pedir a conta e a gente vai lá pra casa, vou te emprestar os livros de fisioterapia que te falei.
- Você tem certeza Eleonora? Você não vai mais precisar?
- Não, eu só usei na faculdade, depois nunca mais abri, Eleonora então chama o garçom, fecha a conta e vão para sua casa.

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Janice retira a mesa do jantar e Sebastião pergunta:
- Você tem certeza que a Eleonora não vem jantar? Ela costuma chegar varada de fome.
- Já não te falei que ela disse que foi tomar sorvete com uma amiga?
- E um sorvete vai encher a barriga da nossa filha?
- Um não enche mesmo, mas eu tomei três pai, diz Eleonora adentrando a cozinha.
Podem guardar o jantar.
- Três?! Poxa. Diz Sebastião com cara de espanto.
- Mãe, pai essa daqui é a minha amiga Jenifer, irmã do João Manoel, namorado da Regininha sabe?
Jenifer cumprimenta Sebastião e Janice.
- Você trabalha no hospital junto com a Eleonora? Pergunta Sebastião.
- Não não, quem dera, eu ainda estou na faculdade. Mas se Deus quiser daqui 2 anos eu me formo.
- Ai vai trabalhar com o seu pai? Questiona Janice.
- Não, a minha faculdade não tem nada haver com os negócios do meu pai, faço faculdade de fisioterapia e pretendo trabalhar num hospital como a Eleonora. Além disso, eu faço questão de me virar sozinha, não quero viver à custa da influencia do meu pai.
- Ah, assim que se fala. Eleonora além de ter juízo provou que sabe escolher muito bem suas amizades. Você tem quantos anos minha filha?
E antes que Jenifer responde Eleonora diz:
- Olha o interrogatório pai, a menina esta ficando sem graça. Vem Jenifer, vamos la pro meu quarto, pra eu pegar os livros pra você.
Jenifer e Eleonora sobem, Sebastião e Janice fazem comentários agradáveis sobre Jenifer.
- Você viu, que menina mais educada, da gosto conversar com ela, diz Sebastião sorridente.
- Pois é, a Eleonora soube escolher bem a amizade dela, também gostei bastante da Jenifer, responde Janice.


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Eleonora pega uma cadeira e sobe em cima para pegar os livros que estão na parte superior do guarda-roupa. Jenifer os pega e coloca sobre a cama e começa a ver, Eleonora senta de frente a ela, e diz:
- Olha esse aqui é grande, são mais de 400 páginas, mas é ótimo, você vai adorar.
- Não ligo de o livro ser grande, eu adoro ler, às vezes passo a madrugada lendo.
Eleonora então começa a tirar a blusa de manga comprida que estava vestindo, Jenifer olha discretamente, mas percebe que havia mais coisas em comum com Eleonora do que pensava e diz:
- Não acredito você também têm sardas, passando a mão delicadamente no ombro de Eleonora.
Eleonora se arrepia.
- Tenho sim, são muitas até, mas eu gosto delas, responde Eleonora pegando um moletom que estava numa cadeira ao seu lado.
Jenifer então pega os livros e levanta dizendo:
- Agora eu tenho mesmo que ir, acho que ainda da tempo de ler alguma coisa, se eu dormir sem ler algo, não sou eu.
- Tudo bem então, eu te levo até a porta.
Eleonora e Jenifer descem as escadas, e Janice esta no sofá bordando uma toalha, Jenifer chega perto e diz que esta indo embora, Janice se levanta e diz:
- Prazer em te conhecer viu? Você é muito simpática. Apareça.
- Obrigada dona Janice, pode deixar apareço sim, até mais.Elas então seguem até o portão.
- Adorei você ter aceitado meu convite Jenifer, adorei sua companhia, diz Eleonora sorrindo.
- E eu a sua, vamos repetir a dose no final de semana.
- Com certeza.
Jenifer então desliza a mão nos ombros até chegar à mão de Eleonora que pega em sua mão e aos poucos vai soltando enquanto Jenifer se afasta, Eleonora segura a mão de Jenifer por alguns segundo, ela então olha pra trás sorrindo e diz:
- Não vai me deixar ir embora?
- Claro, responde Eleonora com um sorriso sem graça.
Eleonora então entra em casa e vai direto pro quarto, deita na cama, fica olhando pro teto e pensando na noite que teve. Seu coração ainda batia forte e suas mãos estavam frias, talvez agora ela entendesse o porquê dessas sensações... Ela estava irremediavelmente encantada por Jenifer.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Capítulo VII

A noite aos poucos vai caindo sobre Vila São Miguel, Jenifer esta na sala lendo uma revista qualquer quando o telefone toca, ela então diz pra emprega que vai atender:
- Alô, um sorriso escapa de seus lábios. Eleonora...
- Oi Jenifer, lembra que eu te falei que hoje eu saio mais cedo?
- Lembro claro, estava só esperando você me ligar e ai a nossa pizza esta de pé?
- Sabe o que eu pensei? Esta uma noite tão gostosa, que tal a gente tomar um sorvete?
- Eu acho ótimo, até por que eu já jantei...
- Jantou? Bonito, nem esperou eu te ligar...
- Não, não é isso. Quer dizer, a janta aqui em casa sai cedo, eu já estava com fome, não tinha certeza se você ia lembrar que ia me ligar, ai acabei jantando.
- Eu te entendo, quando eu estou com fome, vai me dando um mal humor..É horrível...
Um breve silêncio paira.
- Alô? Jenifer você esta ai?
- Estou sim.
- E então como a gente faz?
- Que tal a sorveteria lá do shopping, eu te encontro lá.
- Em quanto tempo, por daqui meia hora e estou saindo.
- Daqui meia hora então a gente se vê.
- Tudo bem então, um beijo até daqui a pouco, Eleonora desliga o telefone sorridente.
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Regininha mais uma vez sai com João Manoel sem a autorização de Sebastião, que quando chega em casa e percebe a falta da filha esbraveja com Janice:
- Essa menina não tem mais jeito, você deixa ela fazer tudo o que quer onde já se viu? Fica acobertando as escapadas dela... Só não vira cúmplice da Eleonora, por que com ela a gente não tem que se preocupar.
- A é? Pois fique o senhor sabendo que hoje ela também foi dar umas voltas.
Sebastião olha surpreso e diz:
- Que novidade é essa? Aquela lá e de casa pro trabalho, do trabalho pra casa? Será que ela arrumou um namorado?
Janice sorri e responde:
- Não, ela ligou falando que ia tomar um sorvete com uma amiga, vai implicar com isso também?
- Não, Eleonora tem o direito de se divertir, e nela eu confio de olhos fechados.

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Giovani chega em casa com Danielle e pergunta pelos filhos, Flaviana responde que o João Manoel saiu como sempre com Regininha e Jenifer também não estava em casa, Giovani se assusta e diz:
- O que? A Jenifer saiu? Aquela que passa dias e noites trancados em casa em cima dos livros? Mas o céu vai abaixo, fecha tudo que vai cair um temporal.
Danielle ri e diz:- Ai Giovani, deixe de ser exagerado, o que tem a menina sair um pouco?
- Não tem nada é até bom, quem sabe ela num me arruma um namorado...
Danielle e Flaviana se entreolham e Giovani se corrigi:
- Me arrumar não, ela arrumar um namorado. Enfim, já que esta tudo nos conformes vamos pra escola de samba ninfa bebe?
Danielle mais que depressa vai em direção do Giovani e vai para escola de samba.

Capítulo VI

Eleonora sai de casa apressada por estar atrasada para chegar ao hospital quando escuta o seu nome, olha pra cima e vê Jenifer descendo a rua em sua direção. Como na noite anterior seu coração palpitava mais rápido, ela então sorriu e disse:
- Jenifer, você por aqui?
Jenifer a cumprimenta com um beijo no rosto e diz:
- É... Não aguentei de curiosidade e vim aqui saber... E ai, seu pai descobriu onde a Regina tava ontem?
- Graças á Deus não, mas foi por pouco;
Jenifer da um suspiro de alivio e diz:
- Que bom.
- É, mas agora não vou poder te contar os detalhes, por que eu estou atrasada pra ir pro hospital.
- Não, não tem problema eu te acompanho e você vai me contando no caminho.
- Está bem então, Eleonora diz sorridente.
Ambas entram no carro e seguem rumo ao hospital.
Chegando lá, Eleonora pede a Jenifer que fique esperando por ela na sala de espera, enquanto ela guarda suas coisas e vê se não há nenhuma emergência. Jenifer senta em uma das poltronas da recepção e fica esperando.
Minutos depois Eleonora vem e a chama para ir até a cantina comer alguma coisa. Jenifer senta em uma das mesas, enquanto Eleonora traz o lanche das duas, ela então vai se sentando e dizendo:
- A Regina ia dançar pra valer se meu pai descobrisse onde ela estava e que ela vai ser rainha da bateria.
- Acho que ela e o meu irmão perderam o juízo sabe? Diz Jenifer tomando um gole de café. Será que eles não sabem aquele ditado “mentira tem perna curta”? Uma hora seu pai vai acabar descobrindo ai adeus desfile de carnaval.
- Isso mesmo, meu é conservador demais, jamais permitiria uma filha saindo por ai semi-nua, se bem que a Regina esta perto disso usando aquelas roupas escandalosas.
As duas riem.
Jenifer toma mais um pouco de café e muda de assunto perguntando:
- Então quer dizer que você é médica ortopedista? Muito legal.
Eleonora faz uma cara de surpresa e diz:
- Jura? Você é uma das poucas pessoas que dizem isso. A maioria das pessoas faz careta... Acho que só de falar em fraturas, elas já sentem dor.
- Não é o meu caso, por que eu estou acostumada a lhe dar com dor, ossos quebrados... Faço faculdade de fisioterapia.
E a expressão de surpresa mais uma vez surge em Eleonora que diz:
- A é? Que legal, tenho uma amiga que...
E por alguns segundos o pensamento de Eleonora vai para o infeliz dia do telefonema de Kátia, um filme rápido passa por sua cabeça.
- Amiga que...? Pergunta Jenifer.
- Ai desculpa, diz Eleonora com um sorriso tímido. Uma amiga minha largou a faculdade de ortopedia e foi fazer fisioterapia. Acho uma área muito legal.
- Ah, que bacana. Jenifer olha pro relógio e continua.
Bom, vou ter que ir, está na hora da faculdade, não posso chegar atrasada, dia de prova hoje e eu também não posso tomar muito o seu tempo né?
- Que pena, agora que o nosso assunto tava ficando bom...
- É verdade, mas eu preciso mesmo ir embora, responde Jenifer já de frente a Eleonora que logo em seguida levanta.
- Jenifer, não vamos perder o contato não.
Jenifer sorri e diz:
- Ah, e você acha que os nossos irmãos vão dar folga pra gente?
- Independente deles, vamos sair, só nós duas. Tomar um sorvete, comer pizza, ir ao cinema, qualquer coisa, o que você acha?
- Meus programas prediletos, vamos combinar qualquer coisa sim.
- Hoje eu não dou plantão, pode ser?
- Claro, pra mim está ótimo.
- Então eu te ligo... Bom, isso se você me passar o seu telefone.
Jenifer tira da bolsa um pedaço de papel e uma caneta, anota o numero e entrega para Eleonora.
- Aqui, pode me ligar depois das 18:00horas é certeza de eu estar em casa.
- Tudo bem então, mais tarde eu te ligo.
Ao se despedirem, Eleonora e Jenifer quase se beijam na boca. Elas riem e Jenifer leva o rosto novamente até Eleonora que beija sua bochecha de forma carinhosa.
Jenifer então segue, olha pra trás, da um ultimo tchau pra Eleonora e vai embora.Eleonora morde o lábio inferior e sorri, dizendo pra si mesma “gostei dessa garota”, e vai então fazer a visita matinal aos seus pacientes.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Capítulo V

Sebastião passa na casa de sua irmã e vê que não há ninguém, então lembra-se que era dia de festa, por um instante para pensa e chega a conclusão que Regininha estaria lá, na escola de samba. Sem mais delongas segue direto para lá

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Em menos de 10 minutos Jenifer descia as escadas, pronta pra ir junto de Eleonora ajudar a livrar Regininha do flagra de Sebastião.
- Poxa, você é rápida mesmo hein? Diz Eleonora sorrindo
- Sou sim, responde Jenifer ajeitando a blusa de frio. Agora vamos, por que quanto mais tempo a gente demora, mais perto da verdade seu pai chega, complementa Jenifer puxando Eleonora pela mão.
As duas entram no carro da Eleonora e seguem rapidamente para escola de samba, ao estacionar descem do carro e Jenifer vê Sebastião na esquina e diz:
- Ai meu Deus! Eleonora, seu pai esta quase entrando na escola, vamos fazer assim. Vai lá correndo e inventa que a sua mãe está passando mal que eu entro pelo outro portão da escola e arranco sua irmã dela okay?
As palavras saiam da boca de Jenifer numa rapidez impressionante.
Eleonora confirma com a cabeça e sai andando em direção ao pai agradecendo Jenifer:
- Obrigada por tudo Jenifer, depois a gente se fala.
Eleonora corre até o pai, puxa-o pela camisa e diz:
- Pai, a mãe está passando mal, e ela não sossega enquanto o senhor não for pra casa.
Sebastião olha assustado e diz:
- Minha Nossa Senhora, você que é medica deixou ela lá sozinha?
- Deixei por que vim atrás do senhor, ela falou que não sossega enquanto você não estiver do lado dela, agora vamos.
Sebastião e Eleonora entram no carro e seguem de volta pra casa.
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Jenifer entra correndo na quadra procurando por João Manoel, quando o avista conversando com seus amigos, ela então o puxa pelo braço e vai falando:
- Você tem que levar a Regininha embora agora. O pai dela quase entra aqui e descobre tudo, se não fosse eu e a irmã dela vocês estavam perdidos.
João Manoel chama Regina, explica o que aconteceu e vão embora, mas Jenifer mais uma vez puxa o irmão pelo braço e diz:
- Pra todos os efeitos, vocês foram ao cinema e comeram pizza ok?
Regina e João Manoel respondem “sim” e saem em disparada da escola de samba.
Jenifer suspira aliviada e vai embora pra casa.

Capítulo IV

Eleonora entra em casa e antes que alguém perceba, enxuga algumas lágrimas que ainda insistem em cair, vê o pai indo em direção a porta e pergunta:
- Vai aonde pai?
- Vou andar um pouco, pra fazer a digestão.
- Que bom, faz isso sim é bom pra saúde.
- Espera eu terminar de lavar a louça que eu vou com você, grita Janice da cozinha.
- Fica pra outra vez Janice, eu vou caminhar até a casa do Giovani.
- Não pai, você não ta acostumado, é longe, é melhor ir só até a pracinha.
- Escuta o que a tua filha ta dizendo, ela é medica, diz Janice já ao lado de Léo.
- Mas eu não estou doente e eu não engoli essa história de Regininha ir jantar em casa de namorado, eu vou ver se ela esta lá mesmo.
- Não pai, vai ser o maior vexame, por que a Regininha... Tenta argumentar Eleonora
- É a minha filha e eu vou até lá sim.
Sebastião então sai e deixa Eleonora e Janice aflitas, sem saber o que fazer.
Janice tenta ir atrás de Sebastião para tentar convencê-lo do contrário mas não adianta, ela então senta no sofá com medo do que poderia acontecer.
- É hoje que seu pai esfola ela viva, diz Janice aflita.
- Já sei! Exclama Eleonora. Vamos ligar... Não, não, ligar na que não pega bem, vou pessoalmente na casa do doutor Giovani dizer pra quem estiver lá pra inventar uma história, pronto.
- Isso minha filha, vai lá e pede pra quem atender a porta pra não falar onde a Regina está, pelo amor de Deus.
- Tá mãe, eu vou de carro e o pai está a pé, vou chegar antes dele. Eleonora então sai e vai até a casa de Giovani.


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Jenifer está na sala estudando quando ouve a campainha tocar incessantemente, estranha pois não esperava ninguém, vai até a porta então ver quem é.
- Oi... A voz de Eleonora então trava, por alguns segundos ela fica vidrada na figura que esta a sua frente, ela nunca tinha visto Jenifer tão de perto. Seus olhos percorreriam ligeiramente cada detalhe de Jenifer, seus cabelos curtos e repicados, seu olhos miúdos e levemente esverdeados, sua boca pequena e seus dentes perfilados, seus ombros salpicados de sardas, seus pequenos seios redondos e o short branco que deixava a mostra suas coxas torneadas. E antes que Jenifer percebesse o olhar de Eleonora viajando seu corpo, ela continua:
-Oi, você é a Jenifer né?
- Sou e você quem é?
- Eleonora, irmã da Regina, desculpa a pressa mas é uma...
- Ixi, sua irmã foi pra escola com o resto da família.
- É sobre isso que eu preciso falar com você, posso entrar?
- Claro, responde Jenifer abrindo a porta e dando passagem pra que Eleonora pudesse entrar.
- Então Jenifer, meu pai não sabe que a Regininha aceitou o convite pra ser madrinha da bateria, e ela com certeza deve está no maior samba lá na quadra, e se o meu pai desconfiar que ela está lá, a coisa vai ficar feia pro lado dela.
- Pelo o que o João Manoel me falou ele é bem bravo né?
- Seu Sebastião é um homem nascido e criado no sertão nordestino, pra ele filha tem que ser vigiada 24 horas pra não sair da linha nunca e casar virgem.
As duas caem na risada e Jenifer diz:
- Nos dias de hoje? É ruim hein?
- Pra você ver, os tempos mudaram mas meu pai continua pensando igual ao meu avô.
- Mas perai, se a Regina vai ser madrinha de bateria da escola, ela vai ter que dançar de tapa sexo na avenida.
- Ela acha que vai, por que meu pai quando souber disso, é capaz de mandar essa menina de mala e cuia pro Recife na casa dos meus tios.
- Mas se a Regina está decidida, se ela aceitou ser a rainha da bateria, eu acho que não tem saída. Mais cedo ou mais tarde seu pai vai ter que saber...
E novamente a campainha toca, Jenifer e Eleonora se olham assustadas e Eleonora diz:
- É o meu pai.
- Só pode ser, por que eu não estou esperando ninguém, mas calma por que eu vou dar um jeito nisso, se esconde ali, diz Jenifer apontando para de trás do sofá.
Ela então respira fundo e vai abrir a porta.
- Oi...
- Oi eu sou o pai da...
- A claro, claro, seu Sebastião...
- A Regininha ta ai?
- Não, não. Ela jantou aqui com a gente, assistiu o jornal e depois foi ao cinema com o João, acho que depois iam comer uma pizza, diz Jenifer.
- Vive de pizza essa menina...
-É... Mas eu não sei se ela vai voltar aqui, o senhor quer deixar algum recado caso a Regina venha pra cá?
- Eu vou passar na casa da minha irmã, se Regininha aparecer, diga que eu estou atrás dela, obrigado e tenha uma boa noite.
- Boa noite, diz Jenifer fechando a porta e com cara de espanto.
Eleonora então sai de trás do sofá e Jenifer diz:
- O que o seu pai vai fazer na casa da Dona Do Carmo? Não tem ninguém lá.
- Exatamente, responde Eleonora. Isso basta pra ele se tocar que era hoje a festa da Nalva, ai ferrou, ele vai sacar na hora que a Regininha ta na escola. Eu preciso impedir que meu pai de um flagra na Regininha.
- O que você está pensando em fazer?
- Eu vou lá na quadra arrancar a Regininha de lá antes que meu pai chegue.
Obrigada Jenifer, você foi dez, diz Eleonora virando de costas e indo em direção a porta.
- Não, espera só eu trocar de roupa, eu vou com você, com duas fica mais fácil pra gente armar o lance.
- Ta legal, mas vê se não demora hein?
- Pode deixar, eu sou rápida no gatilho, diz Jenifer subindo as escadas.
Eleonora então fica esperando por Jenifer sentada no sofá, leva a mão ao peito e sente que o coração batia forte. Não entendia o por que de tantas palpitações, talvez pela cilada em que acabara de se meter ou talvez por que Jenifer havia mexido com as emoções dela.

sábado, 22 de agosto de 2009

Capítulo III

Todos ainda jantam, quando o telefone começa a tocar insistentemente, Sebastião se nega a interromper a refeição, Eleonora então resolver atender.
- Alô?
A pessoa do outro lado da linha fica muda por alguns instantes, Eleonora então repete:
- Alô tem alguém ai?
- Eleonora... Responde a voz em tom de alivio.
- Sim, sou eu mesma, quem fala?
- Não acredito que tenha esquecido minha voz...
Aquela voz remetia Eleonora pra um passado que ela queria esquecer. E é ela então que fica muda, suas pernas bambeiam a ponto de fazê-la sentar no sofá, estática, anestesiada...
- Eleonora? Eleonora? Pergunta a voz
- Ká... Kátia? Não... Não pode ser...
Sebastião pergunta quem é e Eleonora diz que é uma velha amiga da faculdade e sai rumo à garagem, onde ninguém poderia ver sua expressão de surpresa e ao mesmo tempo raiva. Mas a verdade é que Kátia além de ex-amiga de faculdade era a ex-namorada de Eleonora, que foi embora pra Vitória em busca de um estágio de melhor remuneração na área em que estudava. Kátia tomou a decisão num momento de puro egoísmo, pois não pensou na relação que mantinha e muito menos em Eleonora, que a amava e tinha total zelo e dedicação pelo relacionamento delas.
Kátia então do outro lado da linha matinha no rosto um sorriso quando Eleonora reconheceu sua voz.
- Sim, sou eu... Você não sabe o tamanho da saudade que estou sentindo.
- Saudade? Não acredito não... Depois que você foi pra Vitória, nunca mais me ligou, a não ser pra dizer que era melhor cada uma seguir a sua vida, que namorar a distância não da certo e...
E antes que Eleonora continuasse com a metralhadora de lembranças Kátia disse:
- Vamos esquecer o passado, por favor. Te liguei para dizer que morro de saudade dos seus carinhos, dos seus beijos, do seu olhar, do seu sorriso, do seu abraço, do seu cheiro...
- Pronto já disse tudo o que queria... Eleonora estava brava, mas brava ainda por saber que aquele telefonema havia mexido com ela de uma forma que não queria.
- Calma... Não precisa ser grossa... O sorriso havia se desmanchado. Eu... Eu quero te dizer também que eu estou arrependida e que eu vou até o Rio pra te ver e te fazer uma proposta.
Eleonora não queria vê-la, mas a palavra “proposta” havia aguçado sua curiosidade, ela então questiona:
- Proposta? Que proposta?
- Isso você vai saber quando eu chegar ai semana que vem, você ainda trabalha no hospital central? Vou até lá pra gente conversar.
- Não lá não, a gente marca em algum lugar e você diz que proposta é essa.
O sorriso de Kátia ressurge e junto com ele a esperança de ter Eleonora de volta também.
- Tudo bem, eu te ligo novamente. A gente combina ok?
- Ok, então... Tchau!
- Tchau, um beijo, e até breve “minha pequena”.
De um lado do telefone tinha Kátia, radiante e feliz por ter conseguido falar com Eleonora e marcar o encontro, era tudo o que ela queria. A chance de tê-la por perto de novo estava cada mais perto. Do outro, Eleonora estava ainda tentando digerir o que tinha acontecido a pouco, não sabia o que pensar, o que fazer. As lágrimas saltavam de seus olhos sem que ela fizesse nenhum esforço, o único esforço que fazia era pra evitar tal ação. Seu coração pulsava a ponto de fazer sua respiração falhar por algumas vezes, aquele telefonema havia mesmo mexido com as emoções dela.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Capítulo II

A noite aos poucos vem surgindo e a Vila de São Miguel segue agitada com a festa de aniversario de Nalva um dos destaques da escola de samba e até o momento nora de Maria do Carmo.
Giovani chega em casa com Danielle e encontra a filha e a sogra na sala conversando e diz:
- Olha, eu nem preciso lembrar as senhoras da festa de logo mais a noite. Eu quero todo mundo aqui lá na quadra da escola.
- Já avisou, já avisou, não precisa ficar repetindo, diz dona Flaviana.
Jenifer espera o pai se afastar da sala e pergunta:
- Vó... Você vai né?
- Tenho que da uma pensada ainda sabe? Escutar aquela bateria a noite inteira... Me da dor de cabeça só de pensar.
- Pra ser franca, eu também não aprecio muito não, gosto de um som mais tranquilo.
- Essa é a minha neta, puxou a avó, diz Flaviana sorridente.
- É que ao invés de ir ao aniversário da Nalva eu queria ficar aqui estudando.
Danielle escuta e entra na sala de forma tempestiva e diz:
- Como assim você prefere ficar estudando Jenifer? Para garota, tu ta perdendo tempo, vamos lá sambar, se divertir, conhecer uns gatinhos...
Jenifer e Flaviana se entreolham e ela responde:
- A Dani, obrigada, mas eu quero ficar em casa, semana de prova chegando preciso me dedicar.
- Seu pai que não vai gostar nada de saber disso.
- Ah, você não vai contar pra ele né? Por favor, pede Jenifer com olhar piedoso.
- Tudo bem, eu não vou falar nada, mas que ele não vai gostar nenhum pouco, ele vai.

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Eleonora chega em casa mais cedo do hospital e dona Janice fica surpresa com a chegada da filha.
- Oi mãe, diz Eleonora sorridente.
- Oi filha, que surpresa. Desistiu do plantão?
- Não, hoje eu não tinha plantão, responde Eleonora abraçando a mãe.
- Eu sabia, você não desisti do plantão por nada.
- Oi oi oi gente, diz Regina chegando em casa também.
- Nossa que coisa boa, minhas duas filhas em casa, vamos poder jantar todos juntos hoje. Vou até arrumar a mesa já que seu pai deve estar chegando.
- Quer ajuda? Pergunta Eleonora
- Não, mas daqui a pouco eu vou querer ajuda sim, mas pra convencer seu pai que vai inventar um monte de desculpas pra não querer ir na festa da Nalva.
Regina ouve atenta o que a mãe e diz senta no sofá e pergunta assustada:
- O que? Vocês vão à festa?
- Ué claro que vamos. Vamos nós três e o seu pai.
Eleonora olha Janice e diz:
- Vocês dois, eu não vou, se o aniversario fosse na casa da tia Do Carmo eu até iria, mas em escola de samba não vou não.
- Não mãe, o pai não, de jeito nenhum.
Janice olha Eleonora que olha Regina, sem entender nada pergunta:
- Por que não?
- Por que a festa é na quadra da escola e o pai detesta escola de samba, vai acabar se chateando e estragar a festa dos outros.
- Perai o Regininha, o pai é turrão mas não é sem educação ele não vai estragar a festa de ninguém, diz Eleonora.
- Não gente, o pai não pode pisar na quadra, pelo amor de Deus. Por favor, vocês tem que convencer o papai de não ir na festa.
- Não sei por que, diz Janice sem entender nada.
- Nem eu, não tem nada haver, rebate Eleonora.
- Fala logo Maria Regina, o que é que você esta escondendo? Por que o seu pai não pode ir na festa da Nalva?
- Quer mesmo que eu diga?
- Gostaria...
- Eu fui escolhida pra ser rainha da bateria da escola de samba, o pai vai ficar uma fera quando souber.
- Minha filha como você aceitou esse convite sem antes falar com o seu pai?
- Mas ele vai ter que saber, diz Eleonora.
- Ele vai sim Léo, mas não agora, não hoje. Por favor, não deixa o pai ir na festa, por favor, implora Regina com os olhos marejados.
- Ta bom Regina, ta bom, eu não vou lembrar o seu pai da festa, mas se ele se lembrar ai você que se vire pra que ele não descubra.
Minutos depois Sebastião chega, cumprimenta a Janice e as filhas e diz que vai tomar banho e que está muito cansado.
Regina mais que depressa diz:
- Viram né? Acho que ele nem se lembrou da festa.
Vou tomar meu banho também.
- Ei Regininha, se o pai te pega, quero nem ver o que acontece.
Regininha nem escuta o que a irmã diz e sobe as escadas correndo.

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Janice termina de colocar a mesa do jantar, quando Regina desce pronta para a festa, Sebastião vê e pergunta:
- Vai sair?
- Vou pai, por quê? Algum problema?
- Depende. Aonde você vai?
- Vou... Vou jantar no João Manoel depois a gente vai ao cinema. A mãe deixou pai
- Janice! Exclama Sebastião em tom de braveza. Já não lhe falei que em relação à Regina e esse rapaz eu decido sobre tudo?
- Pai, eu já aceitei o convite e desistir em cima da hora é falta de educação o senhor me ensinou.
- Toda a família do doutor Giovani vai estar lá pai, não vai acontecer nada, deixa ela ir, diz Eleonora.
- É Sebastião, deixa ela ir, da próxima vez eu prometo que falo com você antes, diz Janice.
Regininha então se despede de todo mundo e sai.

domingo, 16 de agosto de 2009

Capítulo I

Regina sai com o até então ‘ficante’ João Manoel, deixando Sebastião nervoso com a demora da filha. Janice por sua vez, tenta inutilmente acalmar o marido.
- É claro que eles não estão fazendo nada de errado Sebastião, apesar de não parecer, a nossa filha tem juízo.
- Acontece que já é bastante tarde pra uma menina de família estar na rua, diz Sebastião irritado.
- Ainda são onze horas da noite pai, a rua está cheia de gente, o senhor não tem com o que se preocupar, Eleonora defende a irmã.
- E daí? Questiona Sebastião. Eles mal se conhecem e já começam a madrugar no primeiro encontro?
- Mais um motivo pra ela não ter chegado, se eles mal se conhecem, tem muito o que conversar, justifica Janice.
- Me admira muito você Janice, é tua filha mais nova, ao invés de ficar do meu lado, você justifica o atraso dela.
- Mas que coisa homem, esbraveja Janice. Ela não está atrasada, ela não falou que horas chegaria.
Eleonora observa a discussão do sofá e segue até a cozinha pra evitar mais confusão.
- A mamãe ta certa pai, relaxa, você nunca foi assim comigo, diz Eleonora.
- Por que você nunca deu motivo Eleonora. Sempre foi a mais ajuizada, sempre envolvida com seus livros, nunca perde tempo com festas e nunca foi namoradeira.
Eleonora sorri e abraça o pai que afaga seus cabelos.
Janice então vai de encontro aos dois e diz:
- Mas por mim, ela poderia até ter sido. Eu nunca vi essa menina com namorado. Com a sua idade minha filha eu já era casada e com filho. Você fica só metida com seus livros que se esquece de viver.
- Eu sabia que ia sobrar pra mim, fui, diz Eleonora brava e subindo as escadas com passos firmes em direção ao quarto.
- Cê ta vendo Sebastião? Por sua culpa eu acabei falando mais que a boca e deixei a Léo brava.
- É mulher, educar filhos é uma tarefa espinhosa. Bom, vamos dormir, amanhã conversarei com a Maria Regina.

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Giovani desce as escadas para ir até a cozinha e se depara com Jenifer deitada sobre os livros, ele passa a mão sobre o rosto da filha e diz:
- Jenifer? Meu mimo vai se deitar-se na sua cama, está tarde.
Jenifer abre lentamente os olhos, boceja e responde:
- Nossa, nem vi a hora passar, fiquei tão entretida com os livros que acabei pegando sono.
- Você e seus livros, você não se cansa de estudar? Pergunta Giovani
- Não pai, eu gosto... Prefiro ficar estudando do que ficar na esbórnia como o João Manoel.
- Essa é a filha que eu pedi a Deus, estudiosa e que nem pensa em namorar. Me vou-me para minha cama, vá para sua também.
Giovani da um beijo na filha e vai para o quarto.

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No dia seguinte na casa dos Improtta, todos estão na mesa tomando café, quando chega João Manoel.
- João Manoel, João Manoel, a que horas você chegou ontem? Questiona sua avó Flaviana
- A vó cheguei cedo, não era nem meia-noite, tive que vir embora antes do que queria, por que segundo minha morena o pai dela é bravo e ela preferiu evitar encrenca pro nosso lado, disse João Manoel sentado-se a mesa.
- Você não toma juízo hein meu filho? Diz Giovani. Ao invés de ficar na farra toda noite, deveria seguir o exemplo da sua irmã que ficou até tarde estudando né meu mimo?
Jenifer afirma com a cabeça.
- Mas ao contrário da Jenifer meu pai, eu to vivendo a vida, não fico aqui em casa dia e noite só estudando e estudando e perdendo a melhor fase da vida, responde em tom irônico. Falando em viver a vida, o Raul, aquele meu amigo que trabalha no bar perguntou de novo por você Jenifer.
- Que Raul? Não sei de Raul nenhum, responde Jenifer.
- Aquele que é apaixonado por você irmãzinha.
- Ai João eu estou ocupada demais com meus estudos, não quero saber de namorado, muito menos desse Raul, to muito bem sozinha ta?
- Jenifer, ele é um bom rapaz sabia? Trabalhador, bonito... Diz dona Flaviana
- Ai gente, chega né? Tô saindo por que vou acabar chegando tarde na faculdade, responde Jenifer levantando-se da mesa.
- Deixa a menina em paz gente, e João Manoel me tome esse café rápido que teremos que sair, pois hoje é dia de festa na quadra da escola.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Apresentação dos principais personagens.

Eleonora: Residente em Ortopedia, trabalha no hospital da Baixada Fluminense onde nasceu e mora atualmente. É lésbica, porém muito discreta por medo da reação de seu pai Sebastião, segue sua vida amorosa em segredo. Timida e reservada, dedica o tempo livre ao estudo, mas o que ninguém sabe é que Eleonora procura a pessoa certa pra ter sua felicidade completa.

Jenifer: Doce, bem educada, estudiosa, reservada e caseira, é a filha que todo pai gostaria de ter. Estudante de fisioterapia prefere estudar do que ir em festas e badalação. Nunca foi motivo de preocupação do pai Giovani e da avó Flaviana, pessoas que a consideram a mulher ideal pra qualquer homem. Mas não será um homem que a fará feliz.

Sebastião: Nordestino de sangue quente, Sebastião é pai de Regina, Venancio, Eleonora e marido de Janice. Muito conservador, não permite o que ele chama de “sem-vergonhice” em sua familia. Tradicional quer ver os filhos muito bem casados e ter muitos netos. Bravo e autoritário, terá que conviver com a idéia de que a filha mais ajuizada dele não é bem o que ele gostaria que ela fosse; fazendo assim com que Sebastião deixa ela e os outros filhos viverem como bem entenderem.

Janice: É uma esposa fiel. Mulher de Sebastião é paciente e carinhosa, é uma esposa e mãe muito dedicada, que zela pela felicidade de seus filhos e é capaz de enfrentar o mundo para protege-los.

Giovani: Pai de Jenifer e João Manoel, é viuvo e namora a quem ele chama de " Ninfa Bebe " Danielle. Mas não esconde sua paixão por Maria do Carmo. Tem uma linguagem própria e um jeito irreverente, é empresário conhecido da baixada fluminense. É um verdadeiro figura como todos dizem, mas diante de assuntos sérios sabe bem o que falar e como falar.

Flaviana: Mãe da falecida Haide, ex-mulher de Giovani, Dona Flaviana é uma católica fervorosa e educada com princípios rígidos. Vive na casa do genro para junto dele educar os netos que tanto ama. Mais apegada a neta Jenifer, Flaviana não saberá como lhe dar com as novas escolhas de sua neta.

João Manoel: Primogênito de Giovani vive as sombras do pai, namorado de Regininha é o oposto da irmã Jenifer; Pensa apenas em cuidar da escola de samba e namorar. Exibe pose de "machão" e não esconde o lado preconceituoso. E será o primeiro a descobrir que a irmã esta indo por um caminho ‘diferente’.

Regina: Filha mais nova de Sebastião e Janice, é apaixonada por João Manoel e a escola de samba não pensa em outra coisa a não ser namorar e sambar. Pra Sebastião é a filha mais 'avoada' e que deveria seguir o exemplo da irmã: estudiosa, responsável e ajudizada. Mas é uma boa filha, companheira e esta sempre ao lado da família quando precisa.

Venâncio: Filho mais velho de Sebastião e Janice segue a profissão do pai: motorista de Vila São Miguel. Amoroso e dedicado vai ser o primeiro a estar do lado da irmã Eleonora nos momentos dificeis.

Danielle: Atual namorada de Giovani é inteligente quando quer, bem humorada e é a melhor amiga de Jenifer. Adora a escola de samba e disputara com Regininha o posto de rainha da bateria.

Katia: Ex-amiga e ex-namorada de faculdade de Eleonora, mudou para Vitória por causa do trabalho. Ainda se diz apaixonada por Eleonora, e voltara para o Rio de Janeiro na busca por uma nova chance. Mas não será Eleonora que balançara o coração dela.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Esclarecimento.

Antes que alguém venha me perguntar alguma coisa, ou me cobrar, fiz esse blog no intuito de reescrever a história do meu casal lésbico preferido ( Eleonora e Jenifer ).
E como elas são meu casal preferido, achei mais do que justo escrever novamente a história delas; Não que a história verdadeira seja ruim, muito pelo contrario, é ótima. Porém, acho que precisa de mais detalhes, românticos, picantes, emocionantes... Coisas que a censura brasileira, e os hipócritas e homofóbicos de plantão não aceitariam ver numa novela.
Então se você foi, é e sempre será fã desse casal lindo, seja bem-vinda(o) ao lugar certo.
Aqui a história será reescrita com mais detalhes, mais drama, um pouco de tudo que eu queria ver durante a novela, mas não vi :/

Todos os direitos de o que quer que seja reservados pra Rede Globo e/ou pro Aguinaldo Silva que escreveu a história delas, não quero rolo, isso é só por diversão!

Em breve, uma nova história sobre Eleonora e Jenifer será reescrita, aguarde...