Capítulo 62 ♥

Jenifer sai correndo da lanchonete e entra no carro, rapidamente abre o vidro e coloca a cabeça pra fora. Seu estômago, mesmo que já estivesse acostumado com a nova rotina de pouca comida e muita bebida, ainda reclamava dos excessos de sua dona.
O vento frio da noite tocava o rosto de Jenifer passando a sensação de o enjôo passar, mas mesmo assim, o estômago continuava embrulhando, até que não agüentou. Vomitou toda a vodka e os socadinhos que tinha tomado. Uma, duas, três vezes. Reclinou-se no banco e respirou fundo repetidas vezes. Com certa dificuldade ligou o carro e fez uma manobra totalmente brusca, parecia que iria arrancar o asfalto.
Arrancou com o carro e foi para onde queria ter ido anteriormente.

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João Manoel volta havia dado umas voltas, e foi pra casa. Chegou com a cara fechada e não deu boa noite para ninguém. Dona Flaviana especula o porquê de o neto ter chegado tão cedo.
- Essa hora em casa meu neto?
- Briguei com a Regina vó.
- Por quê?
- Por causa da minha irmãzinha querida, é mole?
- Por quê? O que a Jenifer tem haver com isso? Deixa pra lá, quero saber se você sabe onde ela está. – Dona Flaviana estava preocupada com a neta, mais ainda, estava preocupada por saber onde ela estaria.- Não faço a mínima idéia, vou dormir que eu ganho mais. – João Manoel subiu para o quarto e nem fez questão de juntar-se ao pai e a avó para esperar pela irmã.
- Ela não deu nem uma pista de onde ia minha sogra?
- Não, não disse nada. E é justamente por isso que eu estou preocupada, minha neta é pouco mais que uma criança. E se ela... Se ela foi dar trela pra doutora?
- Minha filha sempre foi ajuizada, não é agora que vai deixá-lo de se-lo. Vamos confiar – Disse Giovanni demonstrando uma calma que ele não sentia.

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Eleonora e Regina desistem do filme após terem dormido.- Acho melhor eu ir pra minha cama Rê, amanhã não dou plantão mas faz dias que eu não durmo direito, talvez hoje o cansaço se acumulou e eu consiga dormir bem.
- Você está sofrendo muito né Léo? Da pra ver pela sua carinha.
O silêncio de Eleonora respondia a pergunta de Regina.
- Mas tudo vai ficar bem, pode ter certeza. A Jenifer ainda vai descobrir que nasceu pra você – Regina abraça a irmã que se aconchegou em seus braços.
Eleonora da um beijo na irmã e vai para a sala lembrando-se que tinha que fechar a janela.
Ao inclinar-se para puxar a janela, Eleonora vê um carro preto de quatro portas estacionado em frente ao seu portão. Era Jenifer.
Seu coração se agitou dentro do seu peito, sua respiração se tornou rápida e Eleonora logo se encheu de esperanças.