Leia o Texto Completo: Bloquear Seleção de texto no Blogger | Inforlogia http://www.inforlogia.com/2008/11/bloquear-selecao-de-texto.html#ixzz1AYuS8pMz (http://www.inforlogia.com) Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives Eleonora & Jenifer: Capítulo 60 ♥

sábado, 9 de janeiro de 2010

Capítulo 60 ♥

Dafne estaciona a moto na garagem ao lado do carro do irmão, e ao tirar o capacete sente os olhos transbordando; a dor devorava suas energias.
Francisco ouvira o barulho conhecido da moto de sua filha e ao abrir a porta o choro de Dafne lhe soava como o canto mais melancólico e doloroso que já escutou.
Ele sai em socorro de Dafne que estava jogada no canto mais remoto do jardim onde sempre se escondia quando fazia algo errado na infância, um lugar aonde o Sol chegava com muita dificuldade. Uma aflição extrema penetrou Francisco, ele foi se aproximando da filha e sentou ao lado dela, sem dizer nada.
Dafne se agarrou ao pai como uma criança assustada numa noite de tempestade. Toda a força que Eleonora presenciou em Dafne era falsa. Dafne não queria mostrar o quanto seu coração estava retalhado. Ela mesma se surpreendeu com sua ótima atuação.Francisco acolheu Dafne em seus braços. Ela se sentiu protegida logo após sentir o calor que emanava dos braços de seu pai; mais que calor, ela sentia o amor.
- Como ta doendo pai, meu coração... – Dafne dizia, como se o sofrimento enfraquecesse sua voz.



.♥.‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗.♥.


Já fazia um mês e alguns dias que Dafne havia desistido de Eleonora e até então, elas nunca mais se falaram. Eleonora ligava, mas quem atendia as ligações era alguém da família de Dafne, nunca ela. Dafne havia se ocultado de tudo e de todos, mesmo que estivesse diminuindo, ainda que aos poucos, seu coração ardia sempre que o pai, a mãe ou o irmão dizia que Eleonora mais uma vez havia lhe ligado.
Longe dali, Eleonora estava desolada, pois mesmo que não conseguisse corresponder aos sentimentos de Dafne, ela a queria por perto. E também queria Jenifer por perto, como Dafne havia lhe prometido. Mas pensava em não cobrar satisfação, já que Dafne não tinha obrigação nenhuma de levar Jenifer até ela.
O celular de Eleonora toca e era número desconhecido. Ela atende.
- Alô? Do outro lado da linha havia apenas o ruído do vento que batia no telefone.
- Alô? Insistia Eleonora inutilmente – Dafne me diz que é você... Você sumiu, estou preocupada – Eleonora ouve apenas um bufar um tanto furioso do outro lado da linha.



.♥.‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗.♥.


O que Eleonora não sabia é que era Jenifer que havia ligado para ela.
Jenifer estava irritada, e se questionava o por que Eleonora perguntou por Dafne ao invés de perguntar por ela, ou simplesmente não dizer nada.
A raiva passou por seu corpo chegando em suas mãos, fazendo jogar tudo que estava ao seu alcance no chão e contra a parede. O vazo que estava em sua prateleira voou para porta, provocando um barulho assustador para João Manoel que ali passava.
Sem pensar ele abre a porta e se assusta com a fúria que os olhos da irmã revelavam.
- O que está acontecendo aqui? Perguntou João Manoel amedrontado.
- Nada, não aconteceu nada. – Raivosa Jenifer pegou a bolsa que estava em sua cama e saiu correndo, fugindo das perguntas de quem estava em casa.
Ela liga o carro e nem espera o portão eletrônico abrir totalmente, pelo espaço que supôs que o carro passaria, ela ultrapassou os limites de sua casa.
Lá dentro dona Flaviana levou a mão ao coração e pediu em um murmuro.
- Meu Deus cuida da minha neta.

Nenhum comentário: