Capítulo 55 ♥

Thomas se assusta com a atitude de Jenifer e sai correndo tentando alcançá-la mas era inútil, Jenifer se embrenhara no meio da multidão e sumiu dos olhos do deputado. Ele desiste de procurá-la e vai embora. Parecia que finalmente ele caía na real de que Jenifer não era exatamente o que ele queria. Dentro de carro com o olhar fixo no asfalto Thomas conversa com si mesmo.
- Thomas Jefferson Thomas Jefferson, como você pode ter sido tão burro? Com certeza aqueles boatos eram verdade e só você não percebeu. Idiota.
Ele então liga o carro e vai embora sem se preocupar onde Jenifer estaria.

.♥.‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗.♥.

Jenifer correu tanto que nem havia se dado conta do quanto havia corrido. Ela olha a alegria das pessoas em volta e vê que aquele ano de 2009 havia começado diferente das pessoas ao seu redor. Ela anda na beira do mar, sentindo as ondas geladas tocarem suas pernas e dá chutes na água demonstrando toda sua raiva. Andou mais um pouco por ali e depois seguiu até a avenida para pegar um táxi, ou tentar. Mas um rosto conhecido poderia ser sua salvação.
- Jenifer Improtta quanto tempo, o que faz aqui sozinha?
- Acho melhor a gente pular essa parte Benjamim, você veio ver a queima de fogos também?
- Sim, tentei desistir daqui e fugir para o interior do Nordeste, para passar o ano novo com meus pais, mas o ano novo em Copacabana é irresistível.
- Hum, legal. Está sozinho?
- Não, estou com uns amigos meus amigos – ele aponta para frente mostrando a Jenifer onde os amigos estavam – quer ficar lá com a gente?
- Claro, por que não?
Benjamim e Jenifer andam mais alguns metros e se sentam nas cadeiras junto às outras pessoas.

.♥.‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗.♥.

Eleonora estava com os pensamentos distantes, até antes do encontro inesperado com Jenifer ela estava feliz, mesmo sabendo que aquilo não era totalmente verdadeiro, pois uma parte – grande - dela ainda pertencia a Jenifer. Mas ela conseguia disfarçar bem.
Dafne não disse nada, mas sabia que Jenifer assombrava Eleonora, mas ela não se sentia no direito de pedir nada, pois ela mesma havia deixado claro que não forçaria nenhum relacionamento. Mas a chateação era inevitável.
- Você já quer ir embora? Pergunta Eleonora.
- Não... – respondeu Dafne com o olhar baixo – Quer dizer, na verdade eu quero sim, minha cabeça esta doendo um pouco.
Eleonora percebeu que alguma coisa estava errada, e sabia o que era. Por mais certas que estivessem sobre aquele não-relacionamento, era quase impossível que alguma delas – quase sempre Dafne - não se chateasse com alguma coisa.
- Eu sei que você está chateada comigo...
- Não, não é com você – interrompeu Dafne – Na verdade é comigo.
- Com você? Agora eu não entendi.
- É Léo, comigo. Por eu não ter conseguido evitar minha paixão por você...
Ao ouvir a última frase Eleonora se arrepiou, ela apenas tinha aceitado essa situação por ter a certeza de que Dafne não alimentava nenhum sentimento por ela, como a mesma tinha garantido. Mas a frase “paixão por você” soou de forma assustadora.
- E eu sei que você está muito longe de sentir o que eu sinto por você – continuou Dafne quando não escutou nenhuma resposta de Eleonora – E eu tenho certeza que nunca sentira... não como eu sinto. Você ama a Jenifer, e ela ainda te atormenta.
Eleonora não tinha o que falar, pois tudo o que Dafne dizia era a mais pura verdade. Jenifer atormentava seus pensamentos e ela a amava da forma mais intensa que se podia sentir.
- Não sei o que dizer... Disse Eleonora tentando buscar algum argumento que fizesse com que ela não magoasse mais Dafne.
- Não precisa dizer nada, apenas me leve pra casa.