Leia o Texto Completo: Bloquear Seleção de texto no Blogger | Inforlogia http://www.inforlogia.com/2008/11/bloquear-selecao-de-texto.html#ixzz1AYuS8pMz (http://www.inforlogia.com) Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives Eleonora & Jenifer: Capítulo 145 ♥

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Capítulo 145 ♥

- Pare com isso Reginaldo – Pediu Maria do Carmo educadamente – Eleonora é médica.
- Ela cuida de ossos quebrados – respondeu Reginaldo.
E enquanto mãe e filho discutiam entre si, Eleonora foi até o quarto e pegou um estetoscópio, termômetro e outros aparatos médicos.Ao tirar o termômetro de Bianca, o objeto acusava uma febre de 39 graus.
- Bianca, você comeu alguma coisa diferente hoje? – Perguntou Eleonora enquanto apalpava as amígdalas de Bianca.
- Antes do jantar... Ai – gemeu ao sentir uma pontada no estômago – Antes do jantar eu comi uma coisa que estava na geladeira da minha avó.
- O que minha querida? – Perguntou Maria do Carmo ajoelhando-se ao lado da neta, segurando sua mão.
- Comi dois pedaços de uma torta de frango.
- Eu me lembro de a mãe ter falado pra Cícera jogar a torta fora que estava estragada – murmurou Isabel para Plínio que estava ao seu lado.
- Cícera, eu não lhe pedi pra jogar aquela torta fora ontem à noite? – Perguntou Maria do Carmo exaltada.
- Eu esqueci Do Carmo. Desculpa – Disse a empregada cabisbaixa.
- Agora o estrago já tá feito. O que a gente vai fazer Eleonora?
- Acho bom levar a Bianca pro hospital tia. Ela precisa tomar soro e fazer alguns exames. – Eleonora guardou seus pertences em sua maleta preta.
Vivian, esposa de Reginaldo tentava conter o sentimento de raiva, nojo que tomava conta dele. Mas não conseguiu segurá-lo por muito tempo. Ele desvencilhou-se dos braços da mulher e foi até o sofá, tomando Bianca nos braços.
- Deixa que da minha filha eu cuido – disse ele indo para a porta.
O estômago de Bianca rodou em seu interior, foi inevitável que ela vomitasse em cima do pai.
- Bianca! – Esbravejou Reginaldo olhando a gosma alaranjada com pedaços verdes no paletó.
- Desculpa... – pediu Bianca falando baixo.
- Da ela aqui – disse Viriato com os braços estendidos para pegar a sobrinha.
Reginaldo passou a filha para o irmão e foi se limpar.Reginaldo subiu as escadas correndo, seguido por Vivian.
Lá em baixo, Viriato e a noiva, Maria Eduarda levavam Bianca para o hospital, junto de Eleonora e Jenifer.
- Fala pra tia que eu ligo assim que tiver alguma resposta – disse Eleonora a Plínio, que estava do lado de fora.


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- Você tá louco Reginaldo? Falar daquele jeito com a sua prima e a namoradinha dela? – dizia Vivian numa voz baixa, mas áspera para o marido.
- Eu não quero saber da minha filha, minha menininha de conversa com aquelas duas nojentas. Dessa vez minha mãe se superou, abrigando aquela sapatão aqui – respondeu Reginaldo tirando a gravata e a camisa suja. – E você está defendendo elas por quê?
- Eu não estou defendendo ninguém. Só acho não precisa de mais nenhum motivo pra aumentar a discórdia entre você e a sua mãe.
- Acho melhor eu parar de vir aqui, até que essa... Até que a minha priminha querida – ironizou – arrume um canto pra ficar de sem vergonhice.
- Faça o que achar melhor meu filho – Maria do Carmo estava parada no corredor em frente ao banheiro, com os braços cruzados.
Reginaldo, dissimulado como sempre tentou reverter.
- Não mãe... Eu só acho que você tem que parar com essa mania de querer salvar o mundo – disse o filho com um sorriso falso de descontração.
Maria do Carmo deu mais alguns passos, ficando perto o suficiente para olhar bem no fundo dos olhos de Reginaldo.
- Eu não salvo o mundo por que eu não sou nenhuma super heroína. Mas eu não vou abandonar ninguém, ninguém que precise da minha ajuda. Ainda mais alguém da família. E se você não esta satisfeito com a presença da sua prima aqui nessa casa é bom que não venha mais.
Maria do Carmo deu meia volta e voltou para sala.
Reginaldo deu um soco na parede e queixou-se consigo mesmo.


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- Eleonora tá demorando pra ligar – disse Maria do Carmo sentada na poltrona, demonstrando a aflição em suas mãos inquietas.
- Ela acabou de sair daqui mãe, calma – pediu Plínio sentando no braço da poltrona ao lado da mãe.
- Não sei se deveria falar isso, mas... – Isabel hesitou-se por um instante. Mas achou melhor expressar sua opinião.
- Fale minha querida – instigou a mãe.
- O Reginaldo foi muito grosso com a Eleonora.
- E com a Jenifer também. Ele praticamente arrancou a Bianca dela quando a Jenifer estava ajudando-a a descer o restante da escada – disse Angélica.
- Ele não gosta que a filha fique de converse com a Eleonora – entregou Cícera.
- Quem foi que lhe disse isso? – Perguntou Maria do Carmo.
- A própria Bianca.
- Reginaldo é meu filho, mas às vezes eu duvido disso. Nunca vi pessoa mais...
- Mais preconceituosa? – tentou completar a frase Plínio.
- Grossa? – Chutou Angélica.
- Estranha? – disse Isabel.
- Estranha, é essa a palavra. – Maria do Carmo balançou a cabeça afugentando o negativismo das palavras e mudou a conversa – Ave Maria! Tô me consumindo de preocupação. Vou até o hospital...
E antes de terminar a frase, o telefone tocou.
- Alo? – Atendeu Maria do Carmo ansiosa.
- Tia, sou eu. A Bianca tá bem. Mas vai ficar aqui essa noite, tomando alguns medicamentos e em observação.
- E foi a maldita torta de frango que fez mal a minha neta?
- Foi sim. Mas ela já está bem. Meu plantão começaria amanhã bem cedo, mas eu pedi ao meu chefe que mudasse meu horário. Vou ficar aqui essa noite, assim posso ficar de olho na Bianca de vez em quando.
- Muito obrigada viu minha filha? Você não existe. Um beijo, tchau.

Um comentário:

Luiza disse...

O preconceito doi mesmo ...
Queria tanto que fose diferente.
Você está trazendo uma história incrível e que nos faz refletir !!!