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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Capítulo 143 ♥

Depois do almoço, Jenifer e Eleonora foram para a piscina. O tempo abafado e o sol que a qualquer momento torraria os moradores de Vila São Miguel, exigiam um banho de piscina gelado.
Isabel caminhava pelo jardim e sentou-se numa espreguiçadeira, admirando com um olhar afetuoso e um sorriso escondido a nova prima junto de sua namorada.
- Bel... Vem nadar com a gente. – Convidou Eleonora.
- Nem vai dar, problemas femininos, se é que me entende.
Eleonora assentiu com a cabeça e foi surpreendida por Jenifer que a afundou pelas costas, arrancando risadas de Isabel.
Eleonora vingou-se, afundando Jenifer como a mesma tinha feito com ela. Uma luta dentro d’água começou e terminou com um longo beijo.
Isabel ficou constrangida. Quando se lembrou da presença de Isabel ali, Jenifer e Eleonora também ficaram constrangidas.
Cícera deixara uma bandeja na mesa redonda ao lado de outras espreguiçadeiras.
Jenifer e Eleonora saíram da piscina e colocaram os roupões.
- Meu Deus, minha tia não existe. Depois de um almoço daquele, ainda faz a Cícera trazer um lanche – disse Eleonora admirada, olhando os grandes pedaços de bolo, as torradas, a geléia e a jarra de suco.
- Não vai comer nada Isabel? – Perguntou Jenifer colocando suco no copo.
Isabel chegou mais perto, sentando-se na cadeira junto à mesa.
- Não, obrigada. Comi demais no almoço. Os almoços são sempre assim?
- São sim – respondeu Eleonora. – Minha tia adora uma mesa farta.
Isabel sorriu e um breve silêncio pairou.
- Como você conseguiu chegar até aqui? – Perguntou Jenifer a Isabel, puxando assunto.
- A minha... – Isabel sentiu o estômago retorcer ao associar a palavra “mãe” à pessoa que te criou – A Nazaré, a pessoa que me roubou e me criou começou a agir muito estranho de uns tempos pra cá. E fuçando no guarda roupa dela para procurar uma meia calça, achei várias matérias de jornal com a Do Carmo procurando por mim. E numa dessas matérias tinha uma bem antiga, com o papel já bem amarelo e nela a Do Carmo deveria ter a minha idade e na foto ela se parece demais comigo.
Jenifer e Eleonora ficaram completamente envolvidas no monólogo.
- E daí eu comecei a pesquisar mais e mais. Escondida, claro. – continuou Isabel - A Nazaré acabou me contando a verdade há uns quatro dias atrás. Falou que me roubou por que não podia engravidar e só engravidando pra não perder o meu pai.
- Ela é louca! – Exclamou Jenifer com as sobrancelhas arqueadas.
- Louca mesmo – concordou – E eu esperei um pouco, pra processar todas essas informações e vir atrás da minha mãe verdadeira. E pra minha sorte a Do Carmo é muito conhecida aqui, perguntei pra uma pessoa que me falou onde ela morava. Resumidamente é isso. E agora eu descubro que tenho uma família enorme, irmãos... – Isabel fitava o céu azul.
- E o seu pai... Ou melhor, o marido da Nazaré... Como ele reagiu quando soube que você não é filha dele? – Perguntou Eleonora.
- Ele morreu há três meses – respondeu Isabel ainda olhando o céu.
- E agora você vai morar aqui?- Ah, acho que sim né? – Os olhos de Isabel brilharam diante da situação – Morar com a minha mãe e meus irmãos... – Ela riu achando engraçado e diferente – Ontem quando você abriu a porta pra mim eu me perguntei: Será que ela é minha irmã?
As três riram.
- Praticamente, a tia Do Carmo tem sido uma mãe pra mim.
- E por que você mora aqui?
Eleonora olhou para Jenifer, que retribuiu o olhar.
Isabel percebeu que a pergunta não agradava muito.-
Desculpa por querer saber...
- Não precisa se desculpar. É só que... É uma longa história. – respondeu Eleonora com o olhar no bolo que esmigalhava.
Isabel não resistiu ao chamativo bolo de cenoura e mordiscou um pedaço. E enquanto comia, ouvia atentamente a história da prima.

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