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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Capítulo 140 ♥

- E agora ela voltou pra Minas, e espero que fique eternamente por lá – Eleonora terminara de explicar o desfecho da história com Úrsula, para a mãe.
- Que bom minha filha, que bom. Agora sua vida volta ser o que era – A voz de Janice era aliviada.
E tudo estava de volta ao normal na vida de Eleonora. A única coisa que faltava para sua vida ficar perfeita era o pai lhe perdoar por aquilo que ela não tinha controle – e nem gostaria de ter controle, pois se tratava da sua felicidade.
Era dia de folga e Eleonora estava em casa estudando. Veria Jenifer mais tarde, pois assim como ela, a namorada estava em meio aos livros.
Como todos estavam trabalhando, resolveu ficar na sala. Tirou o vaso da mesinha de centro e ocupou a mesma com seus vários livros sobre a ortopedia. Tudo estava calmo quando a campainha tocou. Cícera não estava em casa aquele horário, foi à feira fazer as compras da semana. Eleonora então foi atender a porta.
- O-oi... – A voz de Eleonora ficou presa na garganta quando se deparou com a moça a sua frente.
- Oi, é aqui que mora a Maria do Carmo? – Perguntou a moça com uma voz doce.
- Hãnram – respondeu Eleonora automaticamente. Sua cabeça estava confusa.
- Ela está?
- Nã-não. A minha tia esta trabalhando... Entra que falta de educação a minha.
A moça entrou e Eleonora tirou alguns livros que estavam em cima do sofá de três lugares.
- Você está bem? Parece pálida – Analisou a moça olhando para Eleonora.
- Eu... Eu acho que estou um pouco... Zonza. – Eleonora olhava a moça como se ela fosse alguma aberração, não com os olhos assustados de medo. Mas de surpresa. – Você... Só pode ser você.
- Só pode ser eu o que? – Indagou a moçoila com um sorriso confuso.
- Espera um segundo – Eleonora saltou do sofá e foi até a estante, onde Maria do Carmo guardava algumas das várias fotos de família. Eleonora revirou algumas caixas e tirou uma foto da tia, onde ela aparentava ter mais ou menos a sua idade.
Eleonora voltou para o sofá em passos lentos, com os olhos na foto e na moça que estava em sua frente. E desacreditava.
- Olha – Eleonora pôs a foto nas mãos da garota que também ficou com os olhos arregalados.
- Idênticas! – Exclamou a moça.
- Idênticas – repetiu Eleonora. – Tenho que ligar pra minha tia agora.
- Mas aconteceu alguma coisa minha filha? Sua voz tá me deixando apavorada – Disse Maria do Carmo do outro lado da linha. – Entendi. Eu tinha uma reunião pra daqui meia hora, mas acho que pode esperar.
Eleonora deixou a moça na sala intima, com as portas fechadas e estava andando de um lado para o outro quando a tia entrou pela sala.
- Mas o que foi que aconteceu? Tô que não me agüento de curiosidade.
- Tia... Acho que... Vai na sala intima que você vai entender – E Eleonora abriu a porta da pequena sala.
Os olhos de Maria do Carmo logo se encharcaram. Não restava dúvidas, a semelhança física entre ela e a moça que a olhava era gritante. Maria do Carmo enfim, havia encontrado sua filha – a filha havia encontrado a mãe.

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A notícia logo se espalhou pela cidade. E quem conhecia Maria do Carmo sabia o quanto a chegada inesperada da filha a deixaria feliz. Dia seguinte a festa estava marcada, afinal de contas um acontecimento daqueles merecia uma festa.
Depois do plantão, Eleonora se refugiou junto de Jenifer no apartamento de sempre.
Estavam deitadas, e conversavam sobre o aparecimento de Isabel, filha de Maria do Carmo.
- A sua tia deve estar radiante – disse Jenifer.
- Muito. Você precisava ver o quanto ela chorou quando viu a Isabel. Apesar de não precisar, ela vai fazer o teste de DNA só pra confirmar. Mas quando você a ver, vai dizer: É mesmo a filha da Do Carmo. São muito parecidas.
- Deve ser horrível ter um filho roubado – disse Jenifer com uma voz entristecida – Ainda mais ela, que era um bebê
.- Eu ficaria louca se roubassem um filho meu – disse Eleonora.
Jenifer sentou na cama, com a expressão surpresa e perguntou:
- Você pensa em ter filhos Léo?
- Eu nunca te falei?
Jenifer negou com a cabeça.
- Penso, penso sim. Você não pensa?
- Ah – Jenifer deitou-se na cama de novo, encarando o teto – Penso, mas...
- Mas agora que você namora outra mulher acha complicado demais? – Questionou Eleonora deitando-se ao lado de Jenifer, olhando-a.
- Na verdade... É isso sim. É muito diferente, deve ser complicado para a criança, pra mim também... Eu acho.
- Por que complicado pra você?
- Por que meu amor... – Jenifer revirou os olhos pensativa – Por que eu não saberia o que falar quando meu filho chegasse e dissesse que um amiguinho o humilhou, xingou a mãe. Sabe? Essas coisas.
- Isso você vai aprendendo com o tempo Jeni – A voz de Eleonora era despreocupada. – Mas você quer engravidar?
- Eu quero.
- Você vai ser a grávida mais linda do mundo – elogiou Eleonora delineando o rosto de Jenifer com os dedos.Jenifer a beijou delicadamente.
- Eu queria ficar aqui com você, mas a gente vai ter mesmo que ir pra festa.
- Acho que agora a Do Carmo tem seis filhos – disse Jenifer.
- Seis?
- É: O Reginaldo, Leandro, Viriato, Plínio, a Isabel... E você. Você já é mais que sobrinha. – Respondeu Jenifer.
- Ah – Eleonora sorriu – Deixa minha mãe ouvir isso, vai se morder de ciúmes. Agora vamos sua preguiçosa, senão, chegamos lá quando a festa já tiver acabado.

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