Leia o Texto Completo: Bloquear Seleção de texto no Blogger | Inforlogia http://www.inforlogia.com/2008/11/bloquear-selecao-de-texto.html#ixzz1AYuS8pMz (http://www.inforlogia.com) Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives Eleonora & Jenifer: Capítulo 135 ♥

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Capítulo 135 ♥

Todos os olhos encararam o médico inundados de lágrimas.
Janice, chorava abraçada aos dois filhos. Sebastião manteve uma distância não muito grande, a presença de Eleonora estava mesmo lhe incomodando.
Eleonora enxugou as lágrimas finas que percorriam seu rosto e perguntou:
- Charles, foi a queda que provocou... O aborto? – A última palavra saiu com dificuldade.
- Foi sim – respondeu diretamente – Apesar da queda não ter sido muito alta, foi bastante intensa, pois, ela foi empurrada, perdendo o equilíbrio e caindo.
- Ela vai ter que ficar aqui doutor? – Perguntou Sebastião.
- Amanhã talvez ela volte pra casa, queremos mantê-la em observação essa noite. Mas podem ir para casa, ela está bem.
- Eu quero ficar – disse Janice.
- Mãe, não precisa, a Regininha está bem. Vamos embora, estamos todos cansados.
- Isso mãe, escuta o Vê – disse Eleonora abraçada a mãe.
Dafne e Jenifer estavam encostada na soleira da porta, na lateral de onde Eleonora e a família estava. Sem pedir permissão, Dafne caminhou até a Eleonora e a puxou para perto de onde estava com Jenifer.
- Sua irmã vai ficar bem? – Perguntou.
- Vai, ela só vai ficar aqui essa noite – respondeu Eleonora olhando disfarçadamente para Jenifer. – Vou pra casa, minha cabeça está a ponto de explodir.
- Se você quiser... te levo – Ofereceu Jenifer hesitante.
Eleonora a olhou e respondeu com as mãos no bolso e cabeça baixa:
- Não... Vou caminhando mesmo, ver se esse ar da noite ajuda a refrescar minhas idéias. – Virou de costas para ir embora, mas caminhou algum passos de costas e se virou novamente de frente – Mas... A gente ainda vai conversar. Tchau.
Jenifer gesticulou um tchau com a mão e puxou Dafne para irem embora.
Todos estavam indo embora no mesmo momento. Pouco antes de Eleonora passar pela porta, uma maca que carregava uma jovem entrara no hospital. A jovem gemia baixo de dor. A maca passou ao lado de Eleonora e a jovem ao ver a doutora disse:
- Doutora... Ai... – gemeu ao sentir uma fisgada na perna – Você está de plantão hoje? Só você eu deixo cuidar de mim – soltou um meio sorriso na expressão de dor.
- E-eu... Eu não vou poder... Cuidar de você – Respondeu decepcionada.
- Deixa que eu cuido dela – disse Úrsula já pegando a condução da maca e encarando Eleonora com olhos enigmáticos.
Eleonora acompanhou a maca entrando na sala de emergência com os olhos marejados. Seu coração pulsava lento em seu peito.
- Ela não é a primeira a pedir a sua presença – disse o enfermeiro que conduzira a maca até Úrsula chegar. – A gente sente sua falta doutora...
Eleonora lhe lançou um sorriso apagado e saiu.Janice abraçou a filha.
- Logo você estará de volta – garantiu.
- Vamos embora mulher – chamou Sebastião nervoso.
Eleonora acenou para o irmão que lhe jogou um beijo e foi caminhando para casa.
De longe Jenifer observava.
- Vamos pra casa também – Dafne pegou na mão da amiga.


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O dia seguinte chegara junto de uma chuva fina. Eleonora ainda da cama, ouvia as gotas da chuva batendo na janela.
Sentou-se na cama cruzando as pernas e apoiando os cotovelos nelas. Uniu as mãos como numa prece e apoiou a cabeça.
Uma batida na porta interrompeu sua meditação.
- Entra – disse.
- Eleonora minha filha, vim saber como você tá – Maria do Carmo sentou na ponta da cama e pegou as mãos da sobrinha – Tá com uma carinha tão abatida.
- Ah tia – suspirou – Minha vida anda tão... Tão bagunçada. E ainda acontece isso com a Regininha.
Maria do Carmo puxou Eleonora, induzindo- a deitar em seu colo. E ela deitou, aninhando-se.
- É só ter paciência minha querida, tudo vai se ajeitar. E Regininha ainda é jovem, cheia de vida, vai engravidar de novo quando quiser.
Eleonora ficou em silêncio.
- Agora me diga... E você e Jenifer, como estão?
- Não muito bem – respondeu direta – Estamos... Um pouco... Afastadas eu diria.
- Oxe, vocês brigaram? – Perguntou a tia surpresa.
Desde que Eleonora se mudara para a casa de Maria do Carmo, a tia havia se tornado uma pessoa ainda mais importante em sua vida. A confiança que ela sentia, fez com que Eleonora compartilhasse com ela alguns momentos de sua vida – deixando Janice um pouco enciumada.

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- Você vai comigo buscar a Maria Regina? – Perguntou Sebastião para a esposa.
- Vou sim – respondeu da cozinha.
- Só espero não encontrar aquela... – resmungou baixo, mas não tão baixo que escapasse dos ouvidos de Venâncio.
- Aquela? – Instigou o rapaz.
- Sem vergonha – respondeu carrancudo.
- Ela não é sem vergonha – defendeu.
- Sem caráter – continuou com sua carranca e palavras ofensivas.
- Ela não é sem vergonha e nem sem caráter – respondeu Venâncio sentando ereto no sofá, encarando sem medo algum a carranca do pai – A minha irmã é homossexual assim como tem os cabelos louros, é só mais um detalhe da personalidade dela. Ela não é menos amorosa, educada, competente ou qualquer outra coisa do tipo por ser lésbica. Talvez a única diferença é que ela seja mais forte que nós, por ter que enfrentar o preconceito... A começar pelo seu.
Sebastião ficou mortificado, da porta da cozinha Janice olhava a cena estarrecida e Venâncio levantou-se, indo para o quarto.

3 comentários:

Anônimo disse...

eu to loucaa pra sabeer como vai ser a conversaa das duuas *-*
postaa logo por favooor

Lene disse...

Queria ter um irmão igual ao Venâncio *-*

Brenda disse...

aee Vê nota 10...\o/...calou a boca do velho