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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Capítulo 141 ♥

Quando Eleonora e Jenifer chegaram, a festa parecia muito longe de terminar. Isabel era o centro das atenções e já parecia um papagaio repetindo a cada meia hora para alguém que via lhe cumprimentar, a história de como conseguira encontrar sua mãe.
- Minha sobrinha é linda – babava Sebastião. – Se parece muito com você na juventude.
- É o que todo mundo diz – Maria do Carmo estava abraçada a filha quando viu Eleonora e Jenifer se aproximarem. Fez um aceno com a mão para que fossem até elas.
Sebastião olhou para traz para ver quem era e sem disfarçar saiu de perto.
- Minha filha, essa aqui você já conhece é Eleonora. Filha de seu tio Sebastião e essa boneca ao lado dela – Maria do Carmo olhou e viu que Sebastião já estava longe. Deu de ombros – É a namorada dela, Jenifer. Filha de Giovanni.
- Prazer – cumprimentou Isabel com um beijo no rosto de Jenifer.
Maria do Carmo pediu licença para conversar com os outros convidados e as três ficaram paradas ali, se olhando.
- É... Hum... – Isabel procurava um meio de puxar assunto. Estava nervosa - Que legal vocês são namoradas...
Eleonora e Jenifer assentiram com um olhar apaixonado e um sorriso.
- E todo mundo sabe? – Perguntou Isabel.
- Todo mundo - confirmou Jenifer. – Gostem ou não, somos namoradas – segurou firme a mão de Eleonora.
- Acho que ele não deve ter gostado muito – Isabel indicou com a cabeça para frente. Jenifer e Eleonora olharam e viram que ela se referia a Sebastião, que vez ou outra olhava para elas. – Seu pai né?
- É – respondeu Eleonora pesarosa.
- Desculpa, é que é muita gente e eu ainda estou perdida.
- Tudo bem.
- Bom, estão me chamando. Mas a gente conversa depois.
- Claro, vamos nos ver todos os dias, se você vier morar aqui – informou Eleonora.
Isabel sorriu e foi até outra roda de convidados.
Jenifer arrastou Eleonora para um lugar qualquer, longe dos olhos raivosos do irmão e do sogro.
- Ela é linda, Léo – disse Jenifer encantada – E como você disse muito parecida com a sua tia.
- Linda mesmo. – concordou.

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Regina sentara no banco de balanço que dava para o jardim mal iluminado. João Manoel aproveitou a oportunidade e sentou-se junto dela.
- Oi – disse ele.
- Oi – respondeu Regina sem olhá-lo.
- Como você está? Você vem me evitando há algum tempo.
- Eu tô bem. E se ando evitando você, a culpa não é minha.
- Morena – indagou João Manoel chegando mais perto – Eu sinto muito a sua falta. Morro de saudade desse seu fogo.
Regininha nem se mexeu.
- Volta comigo? – pediu o rapaz.
Regininha continuou paralisada.
- Volta? – Insistiu.
- Eu também sinto sua falta, mas... Eu só volto com você, com uma condição. Duas na verdade – Seu tom era de exigência.
- O que você quiser minha morena.
- Respeite nossas irmãs e volte a falar com a Jenifer como antes.
João Manoel se afastou e emburrado, cruzou os braços.
- Você só pode tá de brincadeira...
- Não João. Eu estou falando sério. Eu não posso ficar com alguém que não respeita minha família, alguém que destrate minha irmã.
- Elas não têm nada a ver com a gente – desconversou.
- Tem sim João. Elas são nossas irmãs. Não sei você, mas pra mim, a minha irmã é muito importante. Muito.
- Eu não tenho mais irmã – disse João Manoel sério. – Esquece elas morena...
Regina o ignorou e continuou com o discurso que foi interrompido:- E além de um namorado que eu ame, quero um namorado que a respeite, que não faça cara feia quando ela estiver de mãos dadas com a namorada. Alguém que vá junto comigo visitá-la em sua casa de domingo e a elogie pela sobremesa.
- Casa? – Questionou João Manoel com a cara que expressava nojo e surpresa.
- É, casa João. Ela e a Jenifer pensam em morar juntas.
- Isso é ridículo – desdenhou.
- Ridículo é o seu preconceito.
Regininha levantou-se nervosa e cambaleou, sentando-se de novo no banco. Recostou a cabeça no encosto e respirou fundo.
- Que foi morena? Você tá passando mal?
- Não... Foi só uma tontura. – Massageava as têmporas com os dedos indicadores e médios.
- Vou chamar a sua mãe.
Mas antes que João Manoel se levantasse, Regininha o fez primeiro. João Manoel pegou em seu braço.
- A gente não tem mais nada pra conversar. Me solta.
- Não acredito que você vai deixar que aquelas duas sem vergonhas acabem com o nosso namoro.
- Quem acabou com tudo foi você – Apontou o dedo na cara do ex-namorado e voltou para dentro. Deixando o rapaz ainda mais furioso.
Eleonora saía do banheiro quando encontrou com a irmã no corredor.
- Rê, você tá pálida – colocou a mão no rosto da irmã – e fria.
- Acho que a minha pressão tá um pouco baixa.
- Vem aqui – Eleonora foi para o quarto e pegou seu aparelho de pressão.
A pressão de Regininha estava realmente baixa.
- Culpa daquele idiota – resmungou a morena.
- Que idiota?
- O João Manoel, a gente discutiu...
- Você sabe que não pode ficar passando nervoso. - Esbravejou moderadamente.
- Mas já passou... Acabou.
- Acabou? – Eleonora parecia realmente espantada.
Regina fez que sim com a cabeça.
- Sabe, Léo... – Regina deu um longo suspiro - Não posso admitir que tratem mal a minha irmã.
- Mas você não fez isso apenas por minha causa né? – Perguntou Eleonora com um pouco de culpa.
- Talvez esse tenha sido só a gota d’água. Acho que eu já não gostava tanto dele assim. Eu tô confusa, mas fiz o certo.Eleonora olhou a irmã com compaixão e a abraçou.
João Manoel foi embora da festa atordoado, sem dar explicações para ninguém. Isentava-se da culpa pelo fim do relacionamento e colocava a culpa apenas em uma pessoa: Jenifer.

Um comentário:

Déborah Simões disse...

pôxa, estou lendo aos poucos pra tentar acompanhar essa história...
parabéns pelo blog..
bjok