Capítulo 133 ♥

No escritório estava Jenifer, Brenda, Rosalie, Dafne, Beca e Eloise.
Jenifer estava sentada na cadeira, com o rosto molhado pelas lágrimas, enterrado nas mãos que tremiam de desespero.
Dafne a todo o momento lançava olhares de condenação em direção a Brenda, que por sua vez pouco se importava com a ruivinha.
- Pra onde ela foi? – Perguntou Jenifer enxugando as lágrimas com as mãos.
- Não sei, o carro da Tarsila não está lá na porta. Talvez ela, a Léo e a Elis foram dar uma volta pra esfriar a cabeça – disse Eloise.
Brenda abriu a boca para pronunciar-se, mas foi interrompida por Beca:
- Você fica quieta. Eu falei pra você tomar seu rumo. Não é a primeira vez que você faz alouca. Onde você estava com a cabeça? Onde está o seu respeito? – Beca fez uma pausa e inspirou fundo – Você não pode sair por ai atacando as meninas, ainda mais as comprometidas. Essa não é a primeira, nem a segunda vez que acontece isso. E vai ser a última, espero. Por que se acontecer de novo eu vou ser obrigada a fazer suas contas.
Todas olharam assustadas para Beca.
- Não adianta me olharem assim – disse saindo do escritório.
Dafne sentou no cantinho da mesa e olhou para Jenifer.
- Ei amiga, não fica assim. Logo a Léo está de volta e vocês vão ficar bem. Ela vai perceber que você não teve culpa de nada.
- Eu tive culpa sim – condenou-se – Deveria ter cortado essa idiota logo na primeira vez, eu dei brecha... Fui mais idiota que ela.
- Eu já falei, que se você quiser... vou conversar com ela – ofereceu-se Brenda.
- Não Brenda! – Repreendeu Eloise – Você é a pessoa menos indicada pra falar com a Eleonora.
- Se eu fosse você, iria embora pra casa e amanhã vocês conversam – disse Rosalie à Jenifer.
- Acho que é isso que eu vou fazer Ros – disse Jenifer levantando-se.
- Eu vou com você amiga – disse Dafne. – Não vou voltar amor, vou ficar com a Jenifer, a gente se fala depois. Ah! Leva minha moto, amanhã eu busco na sua casa – disse despedindo-se da namorada.

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Eleonora permanecera quieta durante todo o trajeto. Estava sentada no banco da frente do veículo.
Tarsila estacionara o carro em algum lugar – raro – pacato da cidade; Longe do tumulto do carnaval.
Elis e Tarsila saíram o Fox 2008 e sentaram numa mureta.
Eleonora apenas abriu a porta do carro e ficou fitando o horizonte.
- Léo, antes que você comece a pensar coisas que não deve, tenho que te dizer que a Jenifer é totalmente inocente. – Defendeu Elis.
- Como você tem tanta certeza? – Questionou duvidosa.
- Por que a gente sabe que a Jenifer é louca por você – justificou Tarsila – Sabe, a Brenda é um pouco perturbada, meio desequilibrada. E a Jenifer é inocente sim – garantiu firme em suas palavras – Pois a Brenda sempre deu em cima dela, mas depois falava pra gente que a Jenifer era difícil e fiel demais.
- Então ela dava em cima da Jenifer desde sempre?
- Desde o primeiro momento que a Jenifer apareceu no Café – confirmou Elis – Lembro, que no dia que conhecemos a Jenifer, ela ainda estava bem tímida, e nervosa em relação a você e a ela também. Estava perdida. E a Brenda ficou jogando indiretas nela, até que todas nós falamos para ela parar, que ia deixar a Jenifer ainda mais confusa e com medo.
- Hum – disse Eleonora vagamente.
- Mas fica tranquila Léo, a Jenifer nunca faria nada pra magoar você. – disse Tarsila com um sorriso.
- Elas estavam tão próximas... Tão... Envolvidas – Eleonora fechou os olhos lembrando-se da cena de mais cedo.
- Elas se beijaram? – Perguntou Elis e Tarsila na mesma hora.
- Não que eu tenha visto.
Elis e Tarsila se entreolharam.
- Eu vou embora, minha cabeça está doendo um pouco.
- A gente te leva – disse Tarsila pegando a chave do carro no bolso.

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Dafne e Jenifer chegaram em casa e estranharam quando viram Flaviana e João Manoel sentados no sofá.
- Ué gente, o que vocês fazem aqui? Tá cedo pro desfile terminar – disse Jenifer.
João Manoel a ignorou.
- Aconteceu um... Um acidente no camarote onde estávamos. – disse Flaviana.
- Acidente? Alguém se feriu?
- A Regininha. – disse Flaviana aflita – Ela foi descer do camarote pra ver o desfile lá em baixo e quando foi descer o último degrau daquela escadinha, escorregou. O chão estava molhado de cerveja e ela caiu.
- Mas a Léo disse que a dona Janice disse, que o Sebastião não ia deixar ela desfilar.. – disse Jenifer reflexiva.
- Mas ela foi de teimosa, e agora está no hospital.
- E o bebê?
- Estamos esperando noticias agora – disse Flaviana levantando-se e andando de um lado para outro.
- Eu não vou agüentar ficar aqui esperando, vou pro hospital. Você vem comigo Dafne?
Dafne assentiu e as duas saíram.

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Quando chegou em casa, Eleonora assustou-se quando viu a tia sentada no sofá, aparentemente preocupada.
- Tia? O que faz em casa? – Perguntou Eleonora surpresa.
- Eleonora, minha filha. Não atende o celular não? – Perguntou Maria do Carmo um pouco nervosa.
Eleonora tirou o celular do bolso e viu que a bateria do aparelho havia acabado.
- Nem vi que a bateria tinha acabado – guardou o aparelho no bolso novamente – Mas... Aconteceu alguma coisa?
- Sua irmã, Regininha, está no hospital.
- O que aconteceu?
- Não sei direito, só sei que ela levou um tombo e foi para o hospital. Sua mãe, mais seu pai estão lá.
- E eu que não vou ficar em casa – disse Eleonora decidida. – Vou pra lá também.
- Me manda noticias – gritou Maria do Carmo quando Eleonora já fechara a porta.