Leia o Texto Completo: Bloquear Seleção de texto no Blogger | Inforlogia http://www.inforlogia.com/2008/11/bloquear-selecao-de-texto.html#ixzz1AYuS8pMz (http://www.inforlogia.com) Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives Eleonora & Jenifer: Capítulo 219 ♥

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Capítulo 219 ♥

- A Kátia na mesma cidade que eu e professora da Jenifer, era só o que me faltava – Pensava alto Eleonora enquanto regulava a dosagem de um remédio num paciente.
- Falou comigo, doutora Eleonora? – Perguntou uma enfermeira que olhava a prancheta do paciente.
- Não, não falei com você Marcela – Respondeu Eleonora se perguntando se Marcela ouvira o que ela dissera. – Bom, se ele tiver febre durante o dia pode dar esse remédio, ok? – Orientou – Agora vou colocar alguma coisa no estômago.
- Posso acompanhá-la? – Ofereceu-se Marcela – Eu não como nada desde a hora que sai de casa.
Eleonora assentiu e saiu de junto de Marcela para a cantina.
Marcela foi uma das pessoas que Eleonora mais se deu bem nos primeiros dias no hospital. E quase sempre estavam no mesmo turno o que as aproximava mais. E Eleonora não sabia, mas tinha mais coisas em comum com Marcela do que poderia imaginar.
- Que linda a sua aliança, doutora – Comentou Marcela enquanto bebericava o café. – É casada a quanto tempo?
- Alguns meses – Respondeu Eleonora retirando a aliança e admirando-a.
- Posso? – Marcela estendeu a mão e pegou a aliança – “Jenifer – Amor Eterno” Caramba! – Exclamou surpresa ao ler os dizeres da aliança.
- Que foi? – Perguntou Eleonora sem entender.
- Você é casada com uma mulher – Marcela estava surpresa – Eu... Eu jurava que você era hetero.
Eleonora riu do julgamento errado de Marcela.
- Sou lésbica e casada com a mulher mais linda do mundo – Disse Eleonora tirando o celular do bolso e mostrando uma foto de Jenifer.
- Linda mesmo, carinha de menina.
- A minha menina... – Sonhou acordada Eleonora – E você?
- Eu... O que?
- Você é casada, solteira, namora, divorciada...?
- Hum... Bom... – Marcela mexeu nos cabelos castanhos claros e soltou uma rajada de ar pela boca – Recém solteira. Ela me deu um pé na bunda há 10 dias e... – olhou no relógio de pulso e continuou: 10 dias e cinco horas pra ser mais precisa.
- Agora eu que tenho que dizer: Caramba!
- É, sou lésbica também – Confirmou Marcela sorrindo.
E o sorriso de Marcela pareceu iluminar todo o lugar, fazendo Eleonora esquecer o que há deixara preocupada durante todo dia.
- Bom, acho que agora temos de voltar ao trabalho, né? – Disse Eleonora rapidamente se sentindo desconfortada em passar segundos demais admirando o sorriso de Marcela.
Marcela assentiu e saíram juntas da cantina.




Eleonora chegara em casa mais cedo devido a tranquilidade rara do hospital o que permitiu curtir Jenifer por mais tempo.
Estavam deitadas na rede que ficava na sacada do apartamento ouvindo os diversos tipos de barulho que vinha do trânsito lá debaixo.
- É por isso que tem muito acidente aqui, esse povo dirige como louco – Observou Jenifer ao ouvir uma freada brusca.
- Hoje o dia foi bem tranquilo em relação aos anteriores, só teve um acidente de carro com uma moto, vários ossos quebrados – Disse Eleonora – E acidente tem em todo lugar, aqui, em Vila São Miguel...
Jenifer concordou com a cabeça e mudou o assunto.
- Amor, você só fala dos seus pacientes, nunca me disse das amizades que fez no hospital, o povo daqui é tão antipático assim? – Brincou Jenifer.
- Ah, amizade mesmo eu ainda não fiz nenhuma, mas me aproximei de uma enfermeira lá, a Marcela. Um amor de pessoa. Estamos quase sempre no mesmo turno então nos vemos sempre. E você não sabe da maior, ela é lésbica!
- Hum... – Resmungou Jenifer incomodada com o “ela é lésbica”.
- Hum o que?
- Nada – Disfarçou Jenifer.
- Você me pergunta, eu respondo e você fica com essa cara?
- Ela tem namorada? – Perguntou Jenifer ignorando a pergunta de Eleonora.

- Não, segundo ela, é recém solteira.
Jenifer se arrependera de fazer aquela pergunta a Eleonora.
- Não vai me dizer que você tá com ciúme? – Indagou Eleonora.
- Estou! – Assumiu Jenifer com a voz baixa e dura – Lésbica, solteira e não desgruda da minha mulher, isso é ótimo – Ironizou.
- Amor, não viaja, ok? Ela e eu não somos grudadas, nem amigas, apenas colegas de trabalho – Tentou tranquilizar Eleonora.
Jenifer balançou a cabeça insatisfeita.
Mesmo que Eleonora e Marcela fossem apenas colegas de trabalho como Eleonora havia garantido, Jenifer não gostou de saber sobre Marcela.
Além de uma cidade grande e um trânsito caótico, em São Paulo Eleonora e Jenifer encontraram algo que em Vila São Miguel quase não existia: Insegurança. A verdade é que nenhuma das duas conseguiu pensar nas pessoas novas que aquela mudança traria, parecia fácil, mas lidar com elas e com os pensamentos que as envolvia não era fácil.

3 comentários:

Rose disse...

ADOOOGOO!!! Hehehe

Lu disse...

Gente ...a Jeni é muito fofa. Quero levar pra casa. kkkk

Pri disse...

Epa! Se é para levar a Jeni pra casa ...eu tô na fila.
Ela é um sonho...

Gehh...Parabéns. A cada dia estou mais envolvida com essa história e seu jeito lindo de expressar os sentimentos mais intensos.