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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Capítulo 115 ♥

Desconsolada Eleonora estava sentada com a cabeça apoiada no ombro de Jenifer e tinha os cabelos afagados pela mesma. Sentia que tinha um rombo em seu coração. Quando lembrava das duras palavras do pai, da mãe assustada, sentia os olhos ficarem encharcados e as lágrimas compridas desciam em sua face sem permissão.
- O minha filha, vá se deitar. Você deve tá cansada, com a cabecinha zonza. Cícera já arrumou o seu quarto – disse Maria do Carmo ao lado de Eleonora.
- Eu vou sim tia, mas antes eu queria saber da minha mãe. Coitada, meu pai vai ficar fulo da vida quando souber que ela sabia do meu namoro com a Jenifer.


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E o medo de Eleonora não era a toa.
- Você sabia não é Janice? Sabia dessa pouca vergonha. – Acusava Sebastião – Regina e Venâncio me deixem a sós com a sua mãe – pediu.
- Não vou subir não pai, não adianta – disse Venâncio.
- Eu também vou ficar – Afirmou Regina.
- Vocês sabiam de tudo... Iam me esconder até quando isso?
- Até quando a Eleonora achasse que fosse a hora de te contar – disse Janice.
- Ela não ia me contar nunca, ela sabe que eu não aceito depravação na minha casa.
- Não fala assim do relacionamento delas pai, isso não é depravação e nem aberração como você disse na casa da tia Do Carmo. Isso é um namoro como outro qualquer, com duas pessoas que se amam de verdade – disse Venâncio.
- Não venha me falar que isso tem amor, por que não tem. Deve ser coisa do demo, só pode. – disse Sebastião criando uma suposição totalmente descabida.
- Isso é tão normal hoje em dia pai. Deixa a Léo voltar pra casa, conversa com ela, vocês vão se entender – disse Regina.
- Normal? Isso pode ser tudo, menos normal. Normal pra mim é homem e mulher. E eu já disse que ela não coloca os pés mais aqui dentro dessa casa, nunca mais. E vamos parar de converse por que já esta tarde e amanhã eu tenho que trabalhar.
- Você não vai dormir antes de me ouvir Sebastião – disse Janice com a voz um pouco alterada – Acho que você está esquecendo de todas as qualidades que a Eleonora tem. Ela é uma ótima pessoa, dedicada, carinhosa, estudiosa, responsável, e uma excelente médica. Você se esqueceu de tudo isso? Esqueceu que ela sempre foi o seu orgulho?
- Eu esqueci de tudo isso a partir do momento que eu a vi, com aquela outra sem vergonha. – Sebastião subiu para o quarto e deixou os três ali parados, atônitos e assustados com tamanha rigidez.
Janice não agüentou e começou a chorar. Teve o apoio dos filhos e sabia que teria que ser forte se quisesse trazer a filha mais velha de volta pra casa.


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Deitada na cama, Eleonora encarava o teto mal iluminado pela meia luz do abajur e Jenifer deitada em seu peito lamentava:
- Se pudesse, te levaria pra casa comigo. Mas...
- Mas é impossível também – completou – O que importa agora é que você está comigo e só isso agora me basta – deu um beijo na testa de Jenifer e a apertou em seu corpo.
- A Do Carmo é uma pessoa maravilhosa. Te acolheu aqui e ainda deixou eu passar a noite com você.
- Minha tia é uma pessoa especial mesmo, nunca vou poder agradecer a altura o que ela está fazendo por mim.Um silêncio doloroso invadiu o quarto e Jenifer sentiu a respiração de Eleonora ficar falha.
- O que foi meu amor? – Perguntou sentando-se de frente a ela.Eleonora sentou na cama, olhando nos olhos de Jenifer e respondeu:
- Não consigo parar de pensar em tudo que aconteceu, no meu pai nem tanto... Mas na minha mãe, coitada, ela vai ouvir um monte de coisas desnecessárias.
- A sua mãe é forte Léo, não vai deixar se abalar.
- Isso é verdade... – Eleonora jogou seu corpo cansado na cama e fez sinal para que Jenifer se deita-se com ela – Agora vamos dormir, por que amanhã é um novo dia e você tem que ir pra faculdade.
- Eu não vou pra faculdade, vou ficar aqui com você já que amanhã você não trabalha.
- Você vai sim senhora. – bronqueou Eleonora.
- Não adianta, vou ficar com você – bateu o pé Jenifer.
E as duas discutiram até que Eleonora pegou no sono primeiramente e Jenifer se aconchegou em seus braços e se rendeu a ele também.

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