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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Capítulo 110 ♥

A campainha tocou e Tula, a empregada, avisou Jenifer que era Eleonora. Falou para que entrasse, pois Jenifer estava terminando de se arrumar, Eleonora espiou por cima do ombro da empregada e olhou Flaviana que se fingia de surda e muda, ignorando completamente a presença dela.
- Eu vou esperar a Jenifer aqui fora mesmo – disse.
Mas Jenifer já descia as escadas e parou na metade do caminho dizendo:
- Vem aqui em cima Léo!
Eleonora a olhou, olhou para Flaviana e olhou Jenifer novamente. Jenifer fez sinal com o dedo indicador para que fosse até ela. Eleonora acabou cedendo.
Sentada na cama Eleonora olhava Jenifer se arrumar e dizia com uma ponta de preocupação:
- Jeni, meu pai anda muito vigilante em relação à gente, apesar de estar mais cautelosa do que nunca. Ele anda muito, muito desconfiado.
- Mas ele perguntou alguma coisa? – Quis saber Jenifer enquanto passava o rímel nos cílios inferiores.
- Esses dias ele perguntou se você ainda namorava o Benjamim, e eu respondi que você nunca tinha namorado ele. Ai ele me disse que a mãe tinha dito que vocês namoravam. Perguntei a ela depois, ela disse que tinha falado isso pra que ele ficasse menos desconfiado da gente.
Jenifer lançou através do espelho um olhar preocupado e desapontado. Virou-se de frente pra Eleonora e passou a mão nos cabelos.
- O que a gente faz agora? – Perguntou.
- Temos que ser o mais discreta que a gente já é, se é que isso é possível. Mas calma, não precisa se preocupar a gente vai conseguir. Agora vamos amor, você já está mais linda do que nunca, não precisa de mais nada – disse Eleonora pegando nas mãos de Jenifer.
Deram um abraço apertado e um beijo carinhoso.




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Ao chegar na casa da tia, Eleonora logo varreu a sala com olhos e não achou o pai. Mas não escapou das olhadelas quando viram Jenifer ao seu lado. Olhadelas, cochichos, risadinhas. Mas elas não se intimidaram. O burburinho aumentou quando a figura nada discreta de Giovanni apareceu atrás delas. Se Sebastião as visse juntas, poderia supor que chegaram no mesmo momento por pura coincidência.
Eleonora e Jenifer cumprimentaram as pessoas conhecidas, deram parabéns ao aniversariante que disse:
- Que bom que você veio prima, que bom que vocês vieram – Viriato deu uma piscada pra Jenifer que correspondeu com um sorriso.
Sorriso que se tornou meio sombrio quando seus olhos, encontraram os olhos inexpressivos de Sebastião. Que observava a cena do outro lado da sala.
- Bom, fiquem a vontade. Vou atender os outros convidados – Viriato se retirou.
Eleonora também logo avistou o pai, bem no momento em que pegaria na mão de Jenifer para levar até junto dos outros primos. Caminharam normalmente até o pai.
- Buscou a carteira? – Perguntou Sebastião sem demora.
- Carteira?
- É, sua mãe falou que não viria com a gente, pois buscaria a carteira que havia esquecido no hospital – Os olhos de Sebastião estavam em Jenifer que fugia do olhar amedrontador do sogro.
- Aaaaaah! A carteira... Busquei sim, que cabeça a minha. A esqueci dentro do armário. – Eleonora estava totalmente insegura e tinha certeza que a resposta não tinha convencido o pai.
Sebastião afagou o rosto da filha, e deu-lhe um beijo na testa e foi procurar a mulher que estava na cozinha conversando com Cícera.
Chegou de mansinho por trás da mulher e perguntou:
- Você tem certeza que foi a carteira que a Eleonora foi buscar?
- Que susto homem de Deus! – Exclamou Janice virando-se para o marido – Claro que tenho, por quê?
- Por nada – respondeu seco.

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