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terça-feira, 20 de abril de 2010

Capítulo 104 ♥

A conversa entre Eleonora e Úrsula se assemelhava mais a um monólogo, pois Eleonora nada dizia, apenas respondia com vagos “hanram” “sei” “verdade”. E Úrsula sabia deixá-la sem graça com aquele olhar profundo.
Jenifer estacionou o carro alguns metros atrás e se aproximou. Úrsula não a conhecia, portanto não parou o jogo de hipnotizar Eleonora.
Eleonora pareceu sentir a presença de Jenifer e se afastou virando o rosto em sua direção. Abriu um sorriso amarelo e disse:
- Jeni, atrasou hein?
- É, vamos? – Disse sem tirar os olhos de Úrsula.
- Vamos – respondeu Eleonora constrangida – Tchau Úrsula até amanhã.
Um tanto quanto saltitante, Úrsula se dirigiu até seu carro e foi embora.
Já dentro de casa, Eleonora aproveitou a pouca luz e beijou Jenifer, que estava meio distante.
- Que foi? – Perguntou depois de separar seus lábios dos de Jenifer.
- Quem era aquela?
- Nunca te falei dela?
- Não – respondeu Jenifer seca e com os olhos fixos e estreitos em Eleonora.
- É a Úrsula, uma amiga do trabalho – respondeu sinceramente com firmeza.
Um silêncio se instalou por alguns segundos.
- Tá com ciúmes? – Perguntou Eleonora direta.
- E não é pra estar? Vejo a minha namorada, conversando beeeem perto de uma desconhecida em um lugar praticamente sem luz?
Eleonora não consegue esconder o riso. Achava muito fofo e engraçado quando Jenifer ficava nervosa.
- Tá rindo do que? Não tô vendo graça Eleonora. – Encostou-se ao banco e cruzou os braços.
- Para amor, você sabe que eu amo você e apenas você – Eleonora chegou mais perto e beijou seu rosto descendo a boca pelo seu pescoço.Jenifer se virou para ela e com as mãos no rosto a beijou, dando um abraço apertado depois.
- Eu te amo – sussurrou Jenifer no ouvido de Eleonora.
- Eu também te amo, muito.

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João Manoel havia saído de casa para falar com Regina, mas não estava obtendo muito sucesso.- O seu problema João, é que você tem uma cabeça muito pequena, você pensa pequeno e isso te deixa cego.
- Mas o morena, eu não sou obrigado a aceitar essa pouca vergonha dentro da minha casa.
- A casa também é da Jenifer e antes disso é do seu pai, que está ao lado dela que eu sei. E elas não fazem “pouca vergonha” – continuou Regina gesticulando as aspas em pouca vergonha – dentro da sua casa. Poxa João, você não é obrigado a aceitar. Você só tem que respeitar. RESPEITO, só isso.
- Não sou obrigado – respondeu dando de ombros.
- E eu também não sou obrigada a ter um marido tão grosso e preconceituoso assim, ou você muda ou não tem casamento – Ameaçou Regina muito séria.
João Manoel arregalou os olhos e ficou indignado.
- E o filho que você tá esperando?
- Eu crio ele sozinha se for preciso.
- E você vai falar o que pro seu pai quando ele perguntar por que a gente terminou?
Regina não havia pensado em boa resposta pra isso e João Manoel aproveitou da insegurança dela pra continuar.
- Tá vendo. Acho bom deixar como tá. A gente casa e cria nosso filho e mostra praquelas duas o que é uma família de verdade, quem sabe elas não criam vergonha na cara – terminou sentindo-se triunfante.
- Me poupe João. Entre a minha irmã que sempre ficou do meu lado, me deu puxões de orelha quando precisei e me ama, e um cara que eu amo, mas que não tem um pingo de consideração pela própria irmã, nem pela namorada, eu fico com a minha irmã – Regina não deixou João Manoel continuar, virou as costas e entrou.

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