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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Capítulo 178 ♥

Ao contrário de Jenifer, Eleonora não conseguiu se entregar ao sono que dominava seu corpo. O sol começou a dar sinais de que estava nascendo, mostrando seus feixes de luz pelas frestas da janela.
Um caminhão pareceu ter passado por cima de seu corpo. Saiu da cama com cuidado para não acordar Jenifer e foi direto para o banheiro. Estava com a face abatida como Jenifer constatara anteriormente. Sua cabeça parecia carregar alguma coisa pesada, latejava.
Abriu o chuveiro e deixou a água fria molhar seu corpo. Sentou no chão do boxe e tentou não pensar negativamente, mas as evidencias não lhe permitiam outro tipo de pensamento.
Alguns minutos depois Jenifer despertou com o cheiro de café sendo feito que entrava pelo vão da porta. Passou a mão aonde Eleonora deveria estar e só sentiu as rugas no lençol. Ouviu o barulho do chuveiro ligado e foi até o banheiro. Deparou-se com Eleonora ainda sentava no boxe, estava completamente absorta nos seus pensamentos. Jenifer tirou suas roupas e entrou no banho com Eleonora.
- Vai dar tudo certo, eu prometo – Sussurrou Jenifer enquanto abraçava Eleonora.
Eleonora sorriu com sua expressão de tristeza.
Saíram do banho e desceram para tomar o café. Janice como sempre tentou animar a filha mais velha, fazendo o seu bolo preferido e falando de qualquer assunto que não lembrasse Manoela.
Jenifer foi para casa e Eleonora para o hospital. Aquele talvez fosse o dia mais difícil de enfrentar. A dúvida do que poderia acontecer era pior do que a certeza de que não daria certo.
Assim que Eleonora colocou os pés no hospital, sentiu vários olhos seguindo seus passos. Passou na recepção e desejou bom dia para as secretarias, como todos os dias. Antes de começar o plantão, uma das secretarias disse:
- Doutora Eleonora, a doutora Carolina pediu para você ir falar com ela assim que chegasse – Sua voz era urgente e deixou Eleonora ainda mais nervosa.
Eleonora guardou seus pertences no armário dos funcionários e foi até o berçário conversar com Carolina.
- Bom dia – Cumprimentou Carolina assim que Eleonora apontou na porta.
- Bom dia, você quer falar comigo?
- Quero – Carolina limpou a garganta e puxou duas cadeiras para uma mesa que ficava num canto do berçário – É sobre a Manoela que eu preciso conversar.
No exato momento que Carolina pronunciou o nome de Manoela, o coração de Eleonora parou de bater por meio segundo.
- Vieram me falar que alguém viu um programa de televisão onde um pai estava procurando um bebe – Continuou Carolina diante do silêncio de Eleonora – E esse alguém que viu essa noticia, ligou para o programa que passou e disse que aqui havia uma menina com as mesmas características da desaparecida.
Eleonora engoliu em seco e permaneceu muda.
- E essa menina é a Manoela. Já pediram exame de DNA para saber se é a criança desaparecida – Resumiu Carolina diante da agonia que se formava no rosto de Eleonora.
- Eu... Eu já sabia disso. Quer dizer, dessa criança desaparecida – Disse Eleonora depois de alguns minutos – Você acha que pode ser a Manoela?
- Eu espero que não, por que sei bem o quanto você se apegou a ela e o quanto esta querendo adotá-la – Respondeu Carolina com uma voz piedosa.
Eleonora levantou-se da cadeira e foi até o berço de Manoela, que agora já havia saído da incubadora. Suas lágrimas pingaram sobre o lençol cor de rosa da pequena e ela desejou com a maior vontade que poderia sentir que Manoela não fosse a criança desaparecida.
- Quando sai o resultado desse exame? – Perguntou Eleonora ainda olhando para Manoela.
- Daqui uma semana. Fiquei sabendo que pediram exame de mais quatro crianças – Informou Carolina.
- Uma dessas quatro tem que ser a menina que estão procurando, não pode ser você – Disse Eleonora para Manoela que dormia como um anjo deixando Carolina emocionada.
- Então daqui uma semana eu espero ter a certeza de que a mãe da Manoela sou eu – Disse Eleonora olhando para Carolina com a esperança no olhar.

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