Leia o Texto Completo: Bloquear Seleção de texto no Blogger | Inforlogia http://www.inforlogia.com/2008/11/bloquear-selecao-de-texto.html#ixzz1AYuS8pMz (http://www.inforlogia.com) Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives Eleonora & Jenifer: Capítulo 177 ♥

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Capítulo 177 ♥

Ainda não eram onze horas da noite quando Jenifer e Dafne apertaram a campainha da casa de Eleonora.
A luz da varanda se acendeu e uma silhueta um pouco rechonchuda foi se mostrando que não era Eleonora quem atenderia ao chamado.
- Jenifer? Você sabe que não precisa apertar a campainha, é só entrar – Disse Janice abrindo o portão.
- Oi Dona Janice – Cumprimentou Jenifer com a voz falha – A Léo já chegou né?
- Já sim, mas ela já foi dormir. Disse que estava muito cansada.
- Ela nem me avisou – Murmurou Jenifer pegando o celular no bolso – Quer dizer, avisou – Se corrigiu lendo a mensagem.

“Amor, estou muito cansada, por isso não vou te ver hoje tá? Eu amo você, beijo”.

- Mas se for assunto urgente, eu a chamo – Se prontificou Janice.
- O assunto é urgente Jeni – Disse Dafne olhando para Jenifer.
- Aconteceu alguma coisa?
- Acho que sim Dona Janice – Confirmou Jenifer – Tem haver com a Manoela.
- Você também viu a...
- Vi e não gostei das coincidências.
- Entra, vamos conversar melhor lá dentro.
As três entraram e se sentaram no sofá. Sebastião voltava da cozinha com um copo de leite quando foi surpreendido pelas visitas repentinas.
- Jenifer? Dafne? Tudo bem?
- Oi Sebastião – Cumprimentaram as duas juntas.
- Elas também viram o programa Sebastião – Avisou Janice.
Sebastião largou o copo em cima da mesa ao lado do telefone e sentou-se ao lado da mulher.
- Pelo jeito a Léo não sabe, né? Senão ela teria me falado.
- Não, ela não sabe. Ela chegou do hospital como todos os dias, apenas reclamando do cansaço – Informou Janice.
- Será que a gente conta pra ela do programa? – Questionou Dafne – Acho que vai ser menos pior se ela saber por nós, do que saber amanhã no hospital se for o caso.
Eles não sabiam mais Eleonora estava descendo as escadas para tomar água quando se deteve no intervalo entre os degraus que já davam na sala e ouvia a conversa confusa.
- Eu também acho melhor a gente contar, mas ela já está dormindo não vou acordá-la. A gente pode conversar com ela antes de ela ir pro hospital amanhã cedo, né? – Perguntou Janice para Sebastião.
- Eu não sei do que vocês estão falando, mas eu não quero saber amanhã cedo, eu quero saber agora – Anunciou Eleonora descendo as escadas de dois em dois degraus.
Todos se entreolharam confusos e preocupados, pois sabiam que o que estariam por contar deixaria Eleonora entristecida, mesmo que fosse apenas uma possibilidade.
- Vamos gente, falem o que está acontecendo – Exigiu Eleonora alguns decibeis acima, com os braços cruzados e seu pé direito batendo no chão.
Eleonora cumprimentou Dafne e depois Jenifer com um beijo em sua testa e sentou ao lado da amada, disparando olhares para o pai e a mãe, Jenifer e Dafne.
- É sobre a Manoela – Disse Dafne engasgada com o nó que se formava em sua garganta.
- Ligaram do hospital avisando alguma coisa? Ela tá bem? – Desesperou-se Eleonora.
- Ela tá bem – Disse Sebastião.
- Não vou conseguir dizer o que está acontecendo – Disse Jenifer com a voz embargada, a dor estrangulando as palavras.
Eleonora abraçou Jenifer e disse:
- Alguém... Por favor, me diga o que está acontecendo?
Todos se entreolharam e Dafne pediu:
- Posso falar?
Sebastião e Janice assentiram.
- Hoje eu tava em casa vendo um daqueles programas da tarde onde o povo vai pedir exame de DNA, resolver problema de família, essas coisas. E ai apareceu um homem procurando a filha dele que sumiu.
- E? – Instigou Eleonora sem entender.
- E ai que a filha dele sumiu no dia 22, faz uma semana, é uma menina recém nascida e a família mora aqui perto de Vila São Miguel...
- Tá e ai? – Continuou a perguntar Eleonora. Até que ela ouviu o barulho da ficha cair. Ela se desvencilhou dos braços de Jenifer e começou a andar de um lado para o outro na sala.
- E a gente acha que é a Manoela, amor – Completou Jenifer.
Eleonora pareceu perder os sentidos. Encostou-se na pilastra em frente à porta da sala e tentou acreditar que ouvira errado. Fechou os olhos e começou uma luta interna para não chorar desnecessariamente.
- Mas a gente ainda não tem certeza, minha filha. Calma. São apenas coincidências – Disse Sebastião indo consolar Eleonora.
Ainda em silêncio Eleonora abraçou o pai e o apertou contra seu corpo.
Viu todos os seus planos indo embora em uma forte ventania, não conseguia pega-los de volta.
- Amanhã, mais calma e com a cabeça fria, você vai trabalhar ver a minha futura neta e ter certeza de que estávamos todos errados e que a criança desaparecida da tevê não é a Manoela – Consolou Janice.
- A Manoela é minha... Eu... Eu sou a mãe dela, eu e a Jenifer – Disse Eleonora uma voz fraca, desistindo de segurar o choro.
Janice e Sebastião cobriram a filha de beijos e abraços e foram dormir.
Em passos lentos e desanimados, Eleonora se jogou no sofá de dois lugares, abraçada a uma almofada, como uma criança assustada.
Jenifer ajoelhou-se em frente a ela, acarinhando seus cabelos.
- Léo, não fica assim meu amor. A gente ainda não tem certeza de nada.
- Eu já a amo demais Jenifer, muito.
- Eu sei que ama. Agora calma. Vai dormir que você precisa descansar tá com uma carinha muito abatida – Disse Jenifer incentivando Eleonora a levantar do sofá, puxando sua mão
- Dorme comigo? – Pediu Eleonora ainda chorosa.
- Durmo. Vou cuidar de você essa noite.

2 comentários:

Anônimo disse...

Coitada da Léo, ela sofre muito! :/

Angélica Teixeira disse...

Amei o dorme comigo...