Decidiu não se desgastar mais com tentativas fracassadas de conversar com o irmão. Estavam convivendo apenas por não ter opção. João Manoel não abria a boca para criticar a irmã e ela não o respondia. O fato de ter os filhos nessa situação deixava Giovanni chateado, mas ele entendia que se não fosse daquela maneira, enfrentaria todos os dias uma guerra particular.
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Eleonora terminava de guardar suas coisas para poder ir embora quando Miro, o seu chefe a chamou.
- Oi Miro, você queria falar comigo?
- Sente-se.
Eleonora sentou na cadeira de couro e prestou atenção em tudo que Miro dizia.-
E então, o que acha?
- Eu tenho que pensar ainda, mas gostei muito do que ouvi.
- Pense com calma, ainda tenho um pouco de tempo até dar a resposta definitiva.
Eleonora assentiu e foi embora. Ao chegar à porta do hospital encontrou a irmã conversando com Rodolfo, encostada ao carro.
- Tenham uma boa noite – Disse Rodolfo se distanciando de Eleonora e Regina.
- Huuuum... – Murmurou Eleonora de um jeito animado.
- Hum, o que? – Perguntou Regina sorrindo – Sem comentários.
- Tudo bem, eu não vou dizer nada – Disse Eleonora imitando um zíper sendo colocado em sua boca.
- E ai, pronta pra ir pra casa?
- Eu nem estou acreditando que tô voltando pra casa, se for um sonho que ninguém me acorde – Reivindicou. – Tenho só que pegar o resto das coisas na tia.
Eleonora descia as escadas com a última mala, a entregou para Regina colocar no carro e foi agradecer a tia por tudo que a mesma havia feito por ela.
- Oh minha querida, não precisa agradecer nada, viu? Foi muito bom te ter aqui em casa com a gente – Dizia Maria do Carmo abraçada à sobrinha.
- Acho que agora eu tenho uma prima-irmã – Disse Isabel abraçando Eleonora.
- Eu só tenho a agradecer todo mundo por tudo. Eu tenho a melhor família do mundo – Disse Eleonora.
Janice andava de um lado para o outro na sala. A ansiedade de receber a filha mais velha de volta em casa a consumia. Quando ouviu o barulho do carro parando em frente em casa, não conseguiu conter as lágrimas.
- Bem vinda de volta – Disse Sebastião quando Eleonora apontou na porta.
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