Flaviana foi até Jenifer para pedir que se acalmasse, já que uma das várias recomendações do médico era não passar qualquer tipo de emoção forte, especialmente raiva.
- Eu só quero o seu respeito. Só quero que você pare de me tratar assim...
- Eu esqueço que você existe e você esquece que eu existo, tá bom pra você? – Sugeriu João Manoel exasperado, batendo a porta da sala, deixando a pergunta no ar.
- Ai – Gemeu Jenifer cambaleando. Se não fosse pelos braços da avó, ela teria caído no chão.
- Por que é que você foi fazer isso, minha neta? Você sabia que não ia dar certo.
- Ai minha cabeça, tá doendo muito – Jenifer chorava sentindo a cabeça latejar.
- Deita aqui – Disse Eleonora retirando algumas almofadas do sofá, dando espaço para Jenifer deitar – Deixa eu ver sua pulsação...
Eleonora examinou Jenifer de forma rápida e constatou que ela só estava nervosa demais.
- Tenta manter a calma meu amor – Pediu – Você não pode ficar muito nervosa, alias, não pode ficar nervosa.
Jenifer começou a respirar fundo e a tentar conter as lagrimas que escorriam de seus olhos.
Giovanni chegou em casa e se deparou com a cena, ficou assustado.
- O que aconteceu? O que a minha bebê tem?
Flaviana puxou Giovanni de canto e contou o que aconteceu.
- Mas nem com a irmã desse jeito o João Manoel fica quieto – Irritou-se Giovanni – Vou ter uma conversa com ele...
- Melhor não Giovanni. Ele disse que ia esquecer a Jenifer e pediu que ela fizesse o mesmo, acho que ele rompeu de vez com a irmã – Respondeu Flaviana entristecida.
Mais calma, Jenifer disse para Eleonora:
- Eu pensei que ele fosse mudar... Eu achei... – Jenifer soltou uma lufada pesada de ar.
- Não pensa mais nisso. Ele disse pra você esquecer ele, e é isso que você vai fazer.
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Alguns dias depois, Eleonora voltara ao hospital do Rio de Janeiro para retirar seu colete ortopédico. Agora metade de sua vida já estava normalizada – a outra metade de sua vida dependia de Jenifer para ficar completa.Mais do que depressa voltou ao seu trabalho. Não no ritmo de antes, ainda com cautela.
- Bom, quando você tiver saindo me liga que venho buscar você – Disse Regina para Eleonora.
- Doutora Eleonora, que bom tê-la de volta aqui – Cumprimentou Rodolfo se aproximando e trocando uma rápida olhadela com Regina.
- Ah, obrigada Rodolfo. Essa daqui é a minha irmã, Regina.
Eles se cumprimentaram com um aperto de mão e Regina não tirou os olhos do médico.
- Eu ligo para você vir me buscar ok? – Disse Eleonora.
- Tudo bem, tchau para vocês. – Regina olhou para Rodolfo mais uma vez antes de ir embora.
Rodolfo ia para seus afazeres quando Eleonora o interrompeu.
- A gente se desencontrou tanto desde aquele episodio com a Úrsula que nem deu para te agradecer pelo que fez por mim, muito obrigada.
- Eu fui viajar logo em seguida, depois fui para São Paulo, você sofreu acidente... Enfim, não precisa agradecer, só quis fazer justiça – Disse Rodolfo com um sorriso sincero – Agora vamos ao trabalho.
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