Leia o Texto Completo: Bloquear Seleção de texto no Blogger | Inforlogia http://www.inforlogia.com/2008/11/bloquear-selecao-de-texto.html#ixzz1AYuS8pMz (http://www.inforlogia.com) Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives Eleonora & Jenifer: Capítulo 170 ♥

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Capítulo 170 ♥

Assim como havia se lembrado, não havia ninguém em casa. Mas para se certificar que tão cedo não seria surpreendida pela chegada repentina de alguém, Jenifer ligou para o pai.
- Sua avó me disse-me que não sabe que horas chega, eu também não sei que horas vou pra casa, seu irmão volta só amanha... Mas por que a pergunta meu mimo?
- Ah, por nada... É só pra dizer pra Tula que se ela quiser pode ir pra casa, por que ninguém vem jantar mesmo – Justificou Jenifer.
- Isso mesmo meu mimo, diga a Tula que pode ir pro lar doce lar dela.
Jenifer colocou o telefone no gancho, correu para cozinha e disse para Tula ir pra casa. Assim que Jenifer ouviu o barulho da porta dos fundos se fechando, começou a provocar Eleonora ali mesmo na sala.
- Que saudade do seu corpo, do seu cheiro – Dizia Jenifer enquanto tirava a blusa de Eleonora.
O sofá de dois lugares ficou pequeno para as duas, que acabaram caindo no chão e se amaram ali mesmo. Mas parecia pouco.
Depois de subirem as escadas aos beijos para o quarto de Jenifer, se amaram mais uma vez quando se deitaram na cama; Se amaram de novo embaixo do chuveiro, num banho gelado que fazia seus corpos quentes entrarem em choque.
E se amaram pela última vez aquela noite depois do banho.
Eleonora tirou apenas o excesso de água dos cabelos, assim como Jenifer. Colocaram suas roupas de dormir e deitaram na cama, ainda arfantes.
- Você acabou comigo – Disse Eleonora rindo aconchegando-se em Jenifer.
- Nós acabamos uma com a outra, minha mandíbula tá doendo um pouco – Disse Jenifer mexendo a mandíbula, arrancando mais risadas de Eleonora.
Eleonora parou de rir e começou a encarar Jenifer de forma enigmática.
- Por que você tá me olhando assim?
- Por que eu não sei o que eu fiz para merecer uma mulher tão perfeita assim – Explicou acarinhando o rosto de Jenifer.
Jenifer ruborizou e beijou Eleonora de forma carinhosa.
- Eu amo muito você Léo, muito.
- Eu também te amo muito...
Jenifer apagou a luz do abajur aninhou-se em Eleonora e adormeceram.



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Todos os trilhos da vida de Eleonora e Jenifer estavam organizados e o trem se encaminhava para o rumo que elas traçavam juntas, o relacionamento mais perto da perfeição já existente.
Nada poderia abalar a atmosfera de paz e compreensão em que Eleonora e Jenifer habitavam; Nada.
Eleonora andava pelos corredores tranqüilos do hospital, pensando na proposta que Miro lhe fizera semanas atrás, ainda não falara com Jenifer nem com ninguém além do seu interior.
A lua cheia já iluminava a noite, e uma brisa fresca fazia as copas das arvores tremularem com leveza. Eleonora caminhou até o exterior do hospital, para respirar um pouco de ar puro, já que passara o dia todo dentro do hospital e mal tinha visto o sol se por.Eleonora encostou-se na parede de pedras cinzentas e fechou os olhos, apenas sentindo o vento calmo tocar-lhe o rosto quando um chiado lhe fez abrir os olhos de repente. Em segundos o chiado tornou-se um começo de choro incessante que fez Eleonora vasculhar perto das lixeiras para saber se era de lá que vinha o barulho.
- Meu Deus! – Exclamou Eleonora assustada.
No pé de uma grande lixeira, um balaio já bem puído com algumas flanelas mais puídas ainda aninhava uma criança pequena e frágil, tão pequena e frágil que o choro ia se cessando aos poucos, pois seus pequenos pulmões não suportariam mais esforço.

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