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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Capítulo 159 ♥

Sebastião chegou ao hospital junto de Plínio e logo foi perguntando pela filha.
- Minha mãe mais a tia Janice foram até o quarto da Léo – Informou Viriato ao tio.
- Pois trate de me levar até ela – Pediu Sebastião num nervosismo misturado com ansiedade.
Assim que avistou uma enfermeira, Viriato a chamou e pediu que a levasse até o quarto de Eleonora.
A enfermeira bateu delicadamente na porta e Janice abriu, quando viu o marido ficou surpresa, do mesmo jeito que Maria do Carmo.
- Como ela está? – Perguntou Sebastião em voz baixa, olhando por sobre o ombro da esposa.
- Entra – Disse Janice.
Os olhos de Sebastião percorreram todos os machucados de Eleonora impressionados. Mesmo que fossem apenas pequenos ferimentos, foi o suficiente para que ele sentisse as lágrimas se formarem em seus olhos.
Maria do Carmo cutucou Janice com o cotovelo e disse sussurrando:
- Vamos deixar os dois sozinhos.
Janice hesitou temerosa.
Antes que Eleonora pudesse vê-lo Sebastião foi até a mulher e pediu para que os deixassem a sós por um minuto.
Quando se viu a sós com a filha, Sebastião se aproximou da cama.
Eleonora virou o rosto e ficou surpresa em ver quem a olhava com os olhos marejados.
- Pai – Disse Eleonora com um sorriso – Você veio me ver... – Pegou o controle da cama e levantou o encosto o suficiente para ver melhor o pai.
Sebastião passou sua mão nos cabelos da filha e beijou sua testa. Puxou uma cadeira para perto da cama e se sentou, segurando a mão de Eleonora.
- Como você está se sentindo minha filha? – Sebastião sentiu o peso do coração sendo retirado aos poucos quando disse “minha filha”.
- Minha coluna dói um pouco, minha cabeça também – Respondeu com uma expressão de dor – Você está mesmo aqui comigo – Assinalou.
Um silêncio sepulcral tomou conta do quarto.
- Fiquei com tanto medo que... Que eu nunca mais fosse te ver minha filha – Sebastião quebrou o silêncio com lágrimas grossas que desciam por seu rosto – E foi isso que me fez ver o tamanho da burrada que eu fiz. Fui totalmente errado, eu nem mesmo quis... Te escutar.
Eleonora também começou a chorar e apertou a mão do pai.
- Me perdoe por tudo que eu fiz minha filha. Nunca, em momento algum eu ia preferir ver você morta, só de te ver machucada meu coração sangra.
- Eu te amo tanto pai – Disse Eleonora depois de um minuto quando sentiu que as palavras do pai estavam se perdendo – Obrigada por tentar me entender...
- Eu não sei nada sobre... – Sebastião limpou a garganta – Nada sobre isso, a única coisa que eu sei é que não quero mais te ter longe de mim, e um dia eu vou entender isso, só me dê um tempo...
- Todo o tempo do mundo pai, todo tempo do mundo – Concordou Eleonora.
- Você é a melhor filha que qualquer pai pode ter, e eu amo você. Agora eu vou te deixar descansar – Encerrou Sebastião.
Sebastião deu mais um beijo na filha e apagou a luz. Apenas o pôr do sol iluminava com seus feixes amarelados e alaranjados o quarto.
As dores no corpo de Eleonora pareciam ter ido embora, e seu coração batia como há muito tempo não batia. Aliviado e calmo.
Sebastião voltava para sala de espera com a única certeza do momento: Ter a filha novamente em casa.
Giovanni e Flaviana não sabiam mais para quais santos orar, há qual Ser superior pedir proteção para Jenifer. Perderam as contas de quantos cafés e copos de água haviam tomado a falta de respostas estavam deixando-os cada segundo mais nervosos.
Sebastião voltava do quarto de Eleonora e sentou-se ao lado da irmã e de Plínio.
- Agora que você está aqui eu vou-me embora meu irmão, o povo lá em casa deve estar preocupado – Disse Maria do Carmo.
- Eu vou ficar, vou esperar noticias da Jenifer – Avisou Janice sentando-se ao lado do marido – Conversou com a Léo? – Perguntou para o marido.
- Conversei e quero que ela volte pra casa quando sair daqui – Respondeu de forma direta para surpresa de todos.
Janice agradeceu o marido dando-lhe beijos e abraçando-o de forma forte.
- Mas eu acho que a prima não vai poder ficar subindo escada por enquanto – Observou Viriato – Ela pode ficar lá em casa, temos um quarto perto da sala não é mãe?
- É isso mesmo meu filho. E fico feliz por ouvir isso do meu irmão... – Maria do Carmo olhou Sebastião sorridente – Bom, depois nós conversamos sobre isso, vamô simbora que eu tô varada de fome.
Maria do Carmo e os filhos pediram para que desse qualquer notícia sobre Jenifer assim que a tivesse e voltaram para Baixada Fluminense.
Ainda encostado na janela, Giovanni virou a cabeça para direita quando ouviu passos vindo do corredor, era o médico que mais cedo viera avisar sobre Jenifer.
- Me diga-me que meu mimo está bem seu doutor – Pediu Giovanni ao médico.

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