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segunda-feira, 1 de março de 2010

Capítulo 90 ♥

Flaviana passava pela sala quando ouviu a neta dizendo “eu te amo” e desligando o telefone aos suspiros. Chegou perto e perguntou:
- Se declarando a essa hora da manhã? Posso saber pra quem? – Como se ela não soubesse. Estava tentando se enganar.
- Não se faz de inocente vó – Mesmo temerosa Jenifer tentou se mostrar firme nas palavras. Levantou pegando os livros e foi para o quarto.
- Por que você tá fazendo isso com a gente minha filha? – Flaviana sentou-se no sofá e não olhou para Jenifer.
- Eu não tô fazendo nada demais até onde eu saiba.
- Agora você que está querendo bancar a inocente – Sua voz já estava um pouco alterada.
Jenifer deixou os livros na estante e foi até a avó sentando-se ao seu lado. Manteve a calma e pegou em suas mãos.
- Vó olha pra mim – pediu tranquilamente. Estava ciente que qualquer alteração, por menor que fosse poderia se transformar em uma imensa guerra.
Flaviana olhou e baixou os olhos novamente.
- Vó... Eu amo a Léo, tenta entender isso. E ela me ama. Hoje eu entendo que o importante mesmo é o amor, e se ele for forte e verdadeiro nada mais importa.
Flaviana ergueu os olhos novamente e desfez o enlace das mãos. Passou a mão nos cabelos e virou-se de frente para Jenifer.
- Isso não é amor, pode ser tudo menos amor. Você deve tá confundindo com amizade, por que vocês são muito unidas. Ou ela deve estar te iludindo, te enganando. Será que você não enxerga que isso é pecado?
Pronto. Bastou ouvir a palavra “pecado” pra Jenifer sair da sua calma. Para evitar briga ela resolveu não tentar mais fazer a avó entender e a deixou sozinha.
Encontrou o pai descendo as escadas e lhe deu um beijo de bom dia.
Percebendo a cara entristecida da filha Giovanni especula.
- Que cara é essa meu bebê?
- Nada pai, nada – desanimada foi para o quarto.
Giovanni chegou a sala e viu a cara de transtorno da sogra. Entendeu na hora o que tinha acontecido.
- Me diga-me minha sogra, o que aconteceu aqui?- Sua filha veio me dizer que ama aquela... E quer que eu entenda isso.
- Não é pra entender dona Flaviana é pra respeitar. Eu ainda não entendo, mas respeito. E respeito é bom e preserva os dentes.
- Você que tinha que acabar com isso deu apoio pra essa pouca vergonha. Tô vendo que eu vou ter que fazer alguma coisa.
- Vai fazer o que dona Flaviana? – Giovanni já estava irritado – Trancafiar ela em casa? Amarrar ela na cama?
- Se for pra ver ela longe da Eleonora, eu sou capaz de fazer isso sim – radicalizou.
- Não seja ridícula dona Flaviana. Não vou discutir isso com você, se não vai acabar azedando meu dia.
.♥.‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗.♥.
No quarto Jenifer separava a roupa que colocaria depois do banho e foi impossível não sentir as lágrimas percorrendo o caminho até chegar aos seus olhos. As lágrimas caiam na blusa cor de rosa que estava na cama formando pequenos círculos irregulares.
Jenifer sentou e desabou. Mesmo que tivesse fugido de uma discussão maior aquilo já tinha servido de base para saber que o que viria era pior do que conseguia imaginar.
O fato de Giovanni estar ao lado dela não amenizava a sensação de tormenta e aflição. Com um aperto no peito percebeu que não era tão forte como estava demonstrando e que aquela situação de mais cedo serviu de “teste-drive” e ela mesma se avaliou e chegou a conclusão de que sozinha não agüentaria.
Já debaixo do chuveiro as lágrimas se misturavam com a água quente. O banho serviu mais para reflexão do que para o verdadeiro sentido dele.
Demorou mais alguns minutos e ao sair encontrou Danielle sentada em sua cama.- Bom dia – disse Danielle com um sorriso animador.
- Bom dia – Respondeu com o nariz fungando – Detesto chorar por que depois fico com o nariz entupido e a cabeça doendo, droga – completou.
- Quer que eu pegue um remédio pra você?
- Não precisa logo passa.
- E eu posso saber o motivo do choro?
- Minha avó, só isso explica não é?
- Explica – concordou – E sinto lhe informar, mas prefiro que você fique atenta com o seu irmão também. Quando eu fui à cozinha beber água ele e a sua avó falavam de você e quando eu apareci eles pararam de conversar e ele me encarou muito sério.
- O que será que eles falavam? – Tentou adivinhar.
- Não sei, a única coisa que escutei antes deles me verem foi: “Isso não pode e não vai continuar assim” depois eu apareci e eles se calaram.
O rosto de Jenifer ficou inexpressivo.
- Mas você não pode se deixar abater por pequenos momentos. São deles que você tem que tirar suas forças para seguir em frente – Encorajou Danielle.
- Você tem razão, mas é difícil, e muito. Não sei por que isso incomoda tanto eles. Eles e as outras pessoas.
- As pessoas adoram cuidar da vida alheia, ainda mais quando a pessoa não dança no mesmo ritmo que elas.
- É. Mas não vou ficar triste – inspirou fundo e soltou o ar lentamente – Mais tarde vou ver a Léo e isso basta pra tirar todos os pensamentos que me perturbam.
- É assim que se fala. Qual o programa pra hoje? – Quis saber Danielle.
- A Léo vai ser a DJ da festa – Jenifer gargalhou por alguns minutos sozinha deixando Danielle sem entender.
- DJ? Que legal... Não sabia que ela tocava.
- Ai Dani, vou te explicar essa história de DJ.

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