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quarta-feira, 3 de março de 2010

Capítulo 92 ♥

Jenifer contou a Eleonora o que havia acontecido depois da conversa com o pai e Eleonora logo percebeu o quanto tudo aquilo estava mexendo com a namorada.
- Ô meu amor, me corta o coração te ver assim – Eleonora acariciava os cabelos de Jenifer que estava deitada no seu colo.
- Você deve estar me achando muito dramática, mas é que... Eu não consigo agüentar, não sou tão forte quanto pareço.
- Você não é dramática amor, um pouquinho talvez – brincou – Mas eu entendo perfeitamente isso.
- Quando será que eles vão entender ou pelo menos me respeitar? Eu não estou fazendo nada de errado droga! Ou amar é errado?
- Claro que não! O erro da história parte deles, e eu temo por isso. Por que eles vão conseguir te afastar cada vez mais deles e talvez não dê tempo de voltar atrás – Eleonora temia ser cruel em dizer isso, mas precisava ser verdadeira.
Com os olhos pesados Jenifer olhou Eleonora. Levantou-se e sentou na cama abraçando-a forte. Eleonora passou a mão no rosto de Jenifer e a beijou.
- Vai lá lavar o rosto que a janta já deve estar pronta, sinto o cheiro daqui.
- Não estou com fome amor...
- Ah está sim. Você vai comer sim senhora Jenifer Improtta – esbravejou de brincadeira arrancando um sorriso de Jenifer.
Jenifer voltou do banheiro com a aparência um pouco melhor.
- A gente vai pro nosso esconderijo hoje Léo?
- Com certeza – Eleonora abraçou Jenifer por trás e permaneceu assim algum tempo.
- Eu te amo tanto, não sei mais viver sem você – Confessou Jenifer em voz baixa.
- Eu também não sei mais viver sem você. – Jenifer virou-se para Eleonora e a fitou docemente.
Janice abriu um pouco a porta do quarto e perguntou se poderia entrar, Eleonora respondeu que sim. Preocupada quis saber o que estava acontecendo com Jenifer, pois Sebastião fora lhe perguntar se ela sabia de alguma coisa, mas disse que não. Apesar de ser verdade, o marido não engoliu.
Eleonora pediu para que a mãe se sentasse e ouvisse Jenifer.



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Na casa dos Improtta o clima continuava tenso. Flaviana e João Manoel confabulavam sobre Jenifer e Danielle tentava discretamente descobrir o que tramavam.
Giovanni chegara da rua e logo sentiu o clima pesado. Lançou seu olhar examinador para a sogra e o filho, mas ao olhar para Danielle entendeu o que estava acontecendo. Mais uma briga havia acontecido. Como dedo indicador chamou Danielle e seguiu para a sala de jogos.
Danielle explicou tudo e mostrou sua opinião, mesmo que Giovanni não tivesse perguntado.
- Sabe Giovanni, eu sei e vejo que a Jenifer gosta... Gosta não, ama a Eleonora loucamente. E a dona Flaviana e o João Manoel ou não se tocaram de que isso é verdade, ou eu não sei o que eles tão querendo. Só sei que as pequenas atitudes deles estão magoando demais a sua filha e se eu fosse você faria alguma coisa.Giovanni começou a navegar nas informações de Danielle, mas não se manifestou.
- Não vai falar nada? – Perguntou Danielle interrompendo sua análise.
- Ninfa bebê eu ainda não sei muito bem o que dizer a esses cabeça de vento sobre a escolha da minha filha.
- Primeiro você precisa saber que não é uma escolha, ninguém escolhe ser gay, ou lésbica ou bissexual, isso nasce com a pessoa, ela só se descobre.
- Hum. Preciso pensar bem pra não sair por ai matraqueando besteira. É muita coisa pra uma cabeça só – A voz de Giovanni relava um ar tristonho e confuso.
Danielle resolveu deixá-lo sozinho.


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Janice escutou tudo o que a voz chorosa de Jenifer permitiu dizer. Ficou muito decepcionada e mesmo que suas palavras deixassem Jenifer menos esperançosa, achou melhor ser sincera.
- Olha minha filha, acho que a situação tende a piorar. Sua avó foi criada em um tempo muito diferente do de hoje e com valores diferentes. E mesmo que seu irmão tenha nascido numa época mais liberal, ele limita-se a pensar como as pessoas que o cercam, no caso sua avó. E vão fazer de tudo para que você “volte ao normal” – insinuou aspas com os dedos – cabe a você apenas mostrar que o que você sente é o mesmo que o que seu irmão sente pela Regininha, sua avó sentiu pelo seu avô... E que amar não é pecado. E se mesmo depois disso eles não te respeitarem, bom... Acho melhor você arranjar outro lugar pra morar.
Jenifer se assustou com a última frase de Janice. Vendo a cara de espanto que Jenifer fez, ela explica.
- É o jeito Jenifer. Por que vai ser insuportável conviver em um ambiente onde as pessoas não te respeitam.
- Vocês não vão jantar não? A comida vai esfriar! – Gritou Sebastião da sala.
Jenifer agradeceu as palavras de Janice com um carinhoso abraço e desceram para o jantar.

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