Leia o Texto Completo: Bloquear Seleção de texto no Blogger | Inforlogia http://www.inforlogia.com/2008/11/bloquear-selecao-de-texto.html#ixzz1AYuS8pMz (http://www.inforlogia.com) Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives Eleonora & Jenifer: Capítulo 125 ♥

domingo, 13 de junho de 2010

Capítulo 125 ♥

Eleonora chegou em casa cabisbaixa e com mil coisas ocupando cada espaço de seu cérebro. Quando passou pela porta, encontrou mãe, o irmão e a tia, sentados conversando sobre o carnaval que seria na próxima semana.
- Oi gente – cumprimentou Eleonora totalmente sem animo.
- Oi minha filha, tudo bem? – Janice levantou-se e abraçou a filha. Eleonora apertou a mãe, tentando se refugiar do terremoto que a sua vida havia se tornado.
Venâncio olhou Eleonora e logo percebeu que tinha alguma coisa deixando a irmã aflita.
- Cadê a Regininha mãe? – Perguntou Eleonora. – Deu uma saudade de vocês hoje – Sentou-se no sofá e abraçou o irmão do mesmo modo que abraçou a mãe, intensamente.
- Eleonora minha filha, que carinha é essa? – Perguntou Maria do Carmo.
Eleonora olhou para a tia já com os olhos se enchendo.
- A gente pode conversar na sala intima? – Pediu Eleonora.
Maria do Carmo disse que deixaria a mãe e os filhos sozinhos, mas Eleonora queria a presença da tia junto delas.
- Você é a minha segunda mãe tia do Carmo – disse ela sorrindo.
Janice, Venâncio e Maria do Carmo sentaram-se e Eleonora ficou em pé com as mãos no bolso da calça, procurando as palavras certas para começar.
- Anda logo Léo, você está me deixando nervosa – disse Janice agoniada.
- Vou ficar uns dias sem trabalhar...
- Ah que ótimo, você precisa mesmo de folga – disse Maria do Carmo interrompendo Eleonora.
- Não tia, não são folgas que vão me deixar fora do hospital.
- Fala logo Léo. – Pediu Venâncio.Eleonora olhou cada um nos olhos e pediu:
- Deixem eu terminar de falar, depois vocês falam tudo bem?
Todos assentiram com a cabeça e ela prosseguiu:
- Tem um meses que uma das funcionárias do hospital vem, ou melhor, vinha dando em cima de mim. – todos arregalaram os olhos – E anteontem ela me beijou cercou na sala onde guardamos nossas coisas e me beijou. E hoje o Miro pediu que eu fosse até o hospital para conversarmos.
- E o que ele queria? – Perguntou Maria do Carmo.
- Fui até o hospital como ele me pediu e ele disse que a Úrsula, a que me beijou, fez uma denuncia contra mim.
- Denúncia do que? – Interrompeu Janice com os olhos aflitos.
- Ela me denunciou por abuso sexual e moral, e enquanto eles investigam o caso eu não vou poder trabalhar – terminou Eleonora sentando no sofá de um lugar, passando as mãos no rosto.
Todos ficaram boquiabertos e sem reação, permaneceram quietos.
Janice não conseguia pensar direito, só sentia o seu coração de mãe apertar em seu peito.
- Minha Nossa Senhora! Isso é muito grave Eleonora? – Perguntou Maria do Carmo depois de um longo minuto de silêncio.
- É tia, muito grave. Posso perder meu emprego.
- A Jenifer já esta sabendo disso? – Perguntou Venâncio.
- Depois que sai do hospital eu fui até a casa dela, conversamos. Ela desconfiou um pouco de mim, por que ela já havia visto eu e a Úrsula conversando e não gostou. Mas estamos bem novamente. – Eleonora olhou para a mãe e foi até ela, ajoelhando em seus pés – Você não vai falar nada?
Janice abraçou a filha e disse:
- Eu sei que você jamais faria isso, acredito em você. Não vou te deixar sozinha, nunca. – Afastaram seus corpos e Janice acariciou o rosto da filha com as mãos – Seu pai não pode nem sonhar com uma coisa dessas.
- Ele não vai saber mãe, não vai sair daqui – disse Venâncio. – E agora Léo? O que você vai fazer?
- Vou esperar Vê, é a única coisa que tenho a fazer. Como a vida de uma pessoa pode mudar tanto? – Perguntou-se sentando ao lado da mãe, aconchegando-se no abraço da mãe. – Essa não é a minha vida...
Não aguentando mais segurar, Eleonora chorou agarrando-se a mãe que a consolava.
- Vou pedir pra Cícera preparar um chá, tô me tremendo toda – disse Maria do Carmo passando as mãos nos braços arrepiados.




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Janice e Venâncio chegaram em casa anestesiados, tentando não demonstrar em suas faces o que sentiam por dentro.
Venâncio chamou Regina na cozinha para contar o que acontecera e Janice subiu para o quarto. Quando entrou, pegou o marido sentado com algumas caixas em volta de si e fotos espalhadas pelo colchão.
- Sentiu saudade homem? – Perguntou Janice pegando uma toalha em cima da cadeira.
- Deu saudade dessa época – respondeu ele mostrando uma foto de Eleonora pequena, com um vestido vermelho, cabelos presos em Maria Chiquinha e sapatinhos pretos de boneca – Sempre tão menininha, tão meiga...
- Ela só não é mais uma menininha, mas ainda continua sendo meiga Sebastião. Continua sendo nossa filha.
- Eu só tenho uma filha agora, a Maria Regina – Sebastião voltou rapidamente a ser o velho rancoroso e guardou todas as fotos bagunçadas numa caixa e jogou no fundo do guarda roupa.
- Já tenho problemas demais na cabeça, não vou discutir isso com você.
- Que problemas? – Questionou Sebastião.
- Problemas da minha filha Eleonora – resumiu, pegando suas coisas e indo pro banho.
Sebastião ficou intrigado, mas a raiva que ainda não passara, não lhe permitiria saber mais sobre os problemas que a mulher lhe falava.

3 comentários:

Anônimo disse...

muitoo bom parabéens eu amoo seu blog demaiis

Anônimo disse...

nota miiiil pra vce, taaa otimoo

Anônimo disse...

continuaa eu adoro seu bloog olhoo ele todo o diias