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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Capítulo 38 ♥

Jenifer então termina de contar sobre a descoberta do amor de Eleonora por ela e percebe que Dafne estava muito quieta e pergunta:
- Também ficou chocada né? Eu... Eu não sei mais o que eu sinto, só tenho certeza de uma coisa, nunca mais quero olhar pra cara daquela... Daquela...
Dafne pensou em contar sobre sua condição sexual naquele exato momento, mas não poderia fazer sem antes mostrar para Jenifer que não havia nada demais naquilo e que se ela refletisse um pouco, descobriria que ali havia uma recíproca para com Eleonora. Analisava tudo o que tinha escutado e tentava buscar idéias para que acalmasse Jenifer e mostrasse que tudo estava bem. Dafne pega na mão de Jenifer e acaricia como fazia sempre que a amiga a procurava diante de situações difíceis e começou a falar.
- Jenifer, eu sei que você está assustada diante de tudo isso, sei que a sua cabeça deve estar a mil, mas por enquanto não faça nada e nem diga “nunca mais quero olhar pra cara dela”, nunca, é uma palavra muito forte e eu sei que daqui a um tempo não muito longo, você vai começar a sentir falta da amizade da Eleonora. E sei também que ficar sabendo que um amigo, no caso, uma amiga esta apaixonada por você não é fácil, mas conversa com ela...
- Eu não tenho mais nada pra conversar com ela, já disse Dafne, nunca mais.
Com receio do que Jenifer poderia responder, Dafne decide perguntar algo que mesmo não surtindo efeito, faria a amiga pensar.
- Nem por um momento você pensou em aceitar o amor de Eleonora?
Jenifer olha assustada com a pergunta feita e faz cara de quem não gostou nem um pouco da idéia.
- Você está louca? Eu tenho... Tenho nojo, só de pensar em uma coisa dessas. Não, mulher foi feita pra homem e vice-versa.
Dafne sabia de todo o discurso que ouviria se persistisse em mudar a opinião de Jenifer, queria dizer muito além daquilo, mas não podia ou não deveria. Não antes de falar com Eleonora.
Jenifer então diz que tem que voltar pra casa, e Dafne oferece uma carona.


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Após o sucesso da cirurgia, Eleonora decide ir atrás de Jenifer, sabia que estava em horário de trabalho, mas ela não conseguiria ficar com a cabeça mais tranqüila sem falar com Jenifer mais uma vez.
- Eu sei que eu estou errada Flavio, sair no meio do plantão, mas o assunto é muito sério, não posso adiar. Segura as pontas ai, prometo voltar o mais rápido possível, implora Eleonora.
- Tudo bem doutora, tudo bem. Só deixo por que você tem crédito comigo.


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Jenifer avista certa agitação em frente de casa, tudo o que ela mais queria era silêncio. Pelas faixas e cartazes que algumas pessoas seguravam Jenifer logo concluiu: era mais um candidato pedindo apoio político do pai. Ao entrar se depara com uma figura estranha. Um rapaz nunca antes visto em Vila de São Miguel, era típico mauricinho da Barra da Tijuca, trajava um terno preto, sapatos de mesma cor, tinha olhos claros, cabelos louros e uma lábia inconfundível. Antes de se apresentar, Giovani faz as apresentações.
- Jenifer minha filha venha cá, quero lhe apresentar-lhe o deputado, “Xomas Jefes”.
Sem muita empolgação Jenifer dirige-se até o deputado, que em seu olhar demonstrava um ligeiro interesse pela filha de Giovani.
- Deputado Thomas Jefferson ao seu dispor, diz o rapaz beijando a mão de Jenifer.
Indiferente, Jenifer apenas esboça um sorriso amarelo, não estava nem um pouco preocupada em saber quem era e de onde vinha o forasteiro.
- Bom senhoras e senhores vou me retirar, pois ainda tenho alguns lugares para visitar hoje, diz Thomas Jefferson que saia junto de Flaviana e João Manoel.
Antes que o pai também saísse Jenifer tenta falar com ele sobre o que aconteceu.
- Pai sobre aquela conversa de logo cedo, eu queria dizer...
- Eu sei que você tem grandes novidades, mas agora por favor, vamos ser educados e acompanhar o deputado até a viatura dele.


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Do lado de fora dentro do taxi, estava Eleonora, esperando que visse Jenifer para tentar conversar com ela. Assim que a vê saindo junto dos outros, ela desce do carro e vai vagarosamente chegando perto de Jenifer.
- Jenifer? Escuta, sobre o que aconteceu mais cedo, eu queria...
Jenifer estava de costas e se assusta ao reconhecer a voz de Eleonora, sai correndo em direção ao carro do forasteiro que acabara de conhecer e pede uma carona.
- Pra onde? Pergunta o deputado.
- Pra qualquer lugar serve, responde entrando no carro.
Eleonora fica paralisada e decepcionada pela segunda vez. Ela então volta para o hospital.
Ao chegar, olha na sala de espera uma ruiva que não lhe parecia estranha, era Dafne que estava a sua espera.
- Oi Dafne, você por aqui? Você não tinha que estar na faculdade? Veio visitar alguém?
- Vim ver você Eleonora, a Jenifer me contou tudo, e eu fiquei preocupada com você.
Eleonora agradece a ida de Dafne até o hospital, mas não poderia sair novamente para outra conversa, já que longas horas ainda a esperavam no plantão.
- Volta amanhã, vai lá em casa, vou estar de folga. A gente pode conversar com mais calma, diz Eleonora para Dafne.
- Não vai dar Eleonora, estou até aqui de trabalho pra terminar – Dafne passa a mão testa – Mas, hoje já é quinta-feira né? Terça eu já estarei livre de todos eles e eu venho aqui, eu só preciso do seu endereço.
- Terça eu estarei em casa depois do almoço tudo bem pra você?
- Sim, está ótimo.
E Eleonora entrega a Dafne o endereço de sua casa e as duas se despedem.

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Thomas Jefferson estaciona o carro em um lugar qualquer e diz:
- Jenifer, eu não entendi uma coisa. Seu pai tem carro com motorista, acho que você também tem carro. Não entendi por que...
- Fui pegar carona logo com um estranho? Ai Thomas, desculpa, é que eu... Não sei o que me deu. Mas... A gente esta parado aqui por que?
- Por dois motivos. Primeiro por que você disse pra eu te levar pra qualquer lugar e segundo por que acho que poderíamos continuar essa conversa em lugar mais agradável – Thomas apontava para um bar que estava logo em frente.
- Por mim tudo bem, Jenifer sorri.

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